
O governo do Acre encerrou sua participação na COP30 com uma agenda voltada à articulação de financiamentos internacionais e à projeção de novos investimentos para ampliar políticas ambientais e climáticas no estado. Por meio do governador Gladson Camelí, da vice-governadora Mailza Assis, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e os demais entes que fazem parte da agenda ambiental, realizaram tratativas com organismos multilaterais, parceiros internacionais e fundos de cooperação, apresentando resultados que reforçam a credibilidade institucional e criam condições para captar recursos destinados ao combate ao desmatamento, à adaptação climática e ao fortalecimento da governança ambiental.

A participação do governador e da vice-governadora reforçou a agenda institucional do Acre, assegurando diálogo político com organismos internacionais, governos parceiros e fundos multilaterais voltados ao financiamento de ações ambientais e climáticas. Sua atuação também fortaleceu a articulação para ampliar mecanismos de cooperação e garantir que os resultados apresentados se traduzam em políticas efetivas para as populações amazônicas.
“A participação do Acre na COP30 marcou um novo capítulo na nossa política climática. Voltamos com resultados concretos: fortalecemos a imagem do Estado no cenário internacional, avançamos em tratativas para captação de recursos e abrimos novas frentes de cooperação para financiar programas de combate ao desmatamento, controle de queimadas e adaptação às mudanças climáticas. Esse reconhecimento é fruto de um trabalho técnico sério, liderado por toda a equipe de governo que faz parte da agenda ambiental, que apresentou dados, entregas e projetos consistentes”, disse Gladson Camelí.

A vice-governadora, Mailza Assis, reafirmou que o Acre saiu da COP30 com perspectivas reais de novos investimentos, especialmente em iniciativas voltadas às populações mais vulneráveis, comunidades indígenas e à proteção dos territórios. “O Acre mostrou que tem planejamento, governança e capacidade de transformar recursos em políticas públicas eficientes. Nosso compromisso é seguir ampliando parcerias, garantindo desenvolvimento sustentável, oportunidades econômicas.”
Mailza, que também é secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos do Acre, evidenciou ainda, como exemplo de governança e união entre órgãos de governo, o Programa Juntos Pelo Acre.
Um dos projetos já efetivados foi o da Secretaria Extraordinária de Povos Indígenas do Acre (Sepi), elencado pela secretária Francisca Arara, que também é coordenadora da Câmara Técnica dos Povos Indígenas do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal (CAL). Ela apresentou o “Projeto Regional das Secretarias de Povos Indígenas”, que pleiteou a prospecção de R$ 125 milhões junto a instituições financeiras para fortalecer cadeias produtivas da sociobiodiversidade em comunidades indígenas, valorizar a cultura originária e apoiar a gestão territorial das secretarias ligadas aos povos indígenas.

O projeto levou um diagnóstico técnico profundo e participativo, consolidando as secretarias indígenas como atores centrais da governança amazônica.
“Conseguimos esse aporte financeiro para fortalecer nossos povos, nossa cultura e agregar às necessidades de todas a secretarias que compõem a Amazônia Legal. Ainda vamos definir como vai ser feita essa repartição, pois dependerá da necessidade de cada secretaria. Captar esse recurso é fundamental para levar políticas públicas a territórios indígenas, qualificando a iniciativa como uma oportunidade histórica”, explicou Arara.
Entre os principais destaques técnicos e estratégicos apresentados pela Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema) está o desempenho do Plano Estadual de Combate ao Desmatamento e Queimadas (PPCDQ).
“Apresentamos a redução de 27,62% no desmatamento em 2025, superando antecipadamente as metas previstas do PPCDQ até 2027, que projetavam queda anual de 10%. No mesmo período, houve redução de 74% nos focos de calor, com 840 registros entre outubro de 2024 e outubro de 2025, frente aos 3.855 contabilizados no ano anterior”, falou.
O governo, juntamente às instituições ambientais também apresentou iniciativas voltadas à adaptação climática e à proteção de populações vulneráveis diante de eventos extremos, como alagações e secas severas. Entre os programas citados estavam o Saúde na Floresta, da Sema, que leva atendimento e educação ambiental a comunidades em Unidades de Conservação, e o Programa de Resiliência Socioambiental, financiado com cerca de R$ 15 milhões do Fundo Brasil – ONU para a Amazônia, destinado ao fortalecimento das Áreas de Proteção Ambiental do Lago do Amapá e do Igarapé São Francisco.

Outro avanço Acre pela Sema foi a apresentação da Plataforma Acre Climate , desenvolvida em parceria com a empresa Codex, que integra dados climáticos, socioeconômicos e ambientais para mapear riscos e prever impactos de inundações, subsidiando decisões estratégicas do poder público e aprimorando o monitoramento ambiental.
Com resultados concretos na redução de desmatamento, controle de queimadas, captação de recursos e modernização das ferramentas de gestão ambiental, o Acre levou à COP30 um modelo considerado robusto de governança climática, reafirmando seu compromisso com a conservação da Amazônia e o fortalecimento das políticas públicas ambientais.
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