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Dia da Consciência Negra: Escolas Estaduais combatem o racismo estrutural por meio de palestras e atividades culturais

Culinária, cultura e religiosidade foram retratados de modo interdisciplinar durante toda a semana...

Redação
Por: Redação Fonte: Agência Amazonas
20/11/2025 às 13h11
Dia da Consciência Negra: Escolas Estaduais combatem o racismo estrutural por meio de palestras e atividades culturais
Foto: Reprodução/Agência Amazonas

Culinária, cultura e religiosidade foram retratados de modo interdisciplinar durante toda a semana

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Foto: Reprodução/Agência Amazonas
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Foto: Hitalo Kleto | Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar | Divulgação

No Dia da Consciência Negra, celebrado neste 20 de novembro, a Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar destaca o compromisso das Escolas Estaduais com uma educação antirracista, que trabalha a reflexão acerca da influência do povo negro na cultura de todo o Brasil.

Diversas unidades de ensino realizaram, durante a semana que antecede o dia 20 de novembro, atividades de imersão na construção da identidade do país, que está intrinsecamente ligada à história da população afrodescendente, que contribuiu com a cultura, culinária, religiosidade e modo de viver de todos os brasileiros.

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No Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) Elisa Bessa Freire, localizado no bairro Jorge Teixeira, zona leste de Manaus, foi realizada, nos dias 17 e 18 de novembro, a “4ª Mostra Cultural afro-brasileira: Ipenija ti Orishas o Desafio dos Deuses”, que buscou representar, por meio de peças teatrais, os orixás Iemanjá, Iansã, Xangô, Oxóssi, Oxum e Ogum, divindades de religiões de matriz africana, como Candomblé e Umbanda. Além disso, as turmas participaram de uma gincana, onde foram desafiados a resolver desafios e questões relacionadas à temática.

Foto: Reprodução/Agência Amazonas
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Foto: Hitalo Kleto | Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar | Divulgação

De acordo com a professora Dorotéia Duarte, que leciona a disciplina de História e coordenou a atividade, os estudantes trabalham questões relacionadas à negritude desde o ano de 2024. A educadora ressaltou que a Mostra Cultural veio como uma forma lúdica e divertida de combater o preconceito, criar memórias afetivas, florescer o senso de cidadania e o respeito à diversidade cultural e religiosa do Amazonas.

“Existem muitos preconceitos, racismo, voltados para essa temática, então esse ano nós decidimos abordar o tema por considerar importante e urgente trabalhar a quebra desses estereótipos”, completou a professora.

Foto: Reprodução/Agência Amazonas
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Foto: Hitalo Kleto | Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar | Divulgação

Combate ao racismo

Na Escola Estadual (EE) Maria Amélia do Espírito Santos, localizada no bairro Dom Pedro, zona centro-oeste de Manaus, os estudantes do Ensino Médio passaram por uma semana de imersão na cultura afro durante a realização do 1º Seminário Transdisciplinar Consciência Negra, com atividades diversas entre os dias 17 e 19 de novembro. A programação da semana envolveu apresentações relacionadas à cultura afro no Brasil, indo desde a culinária à manifestações religiosas, além de aulas sobre educação antirracista.

A unidade de ensino recebeu especialistas em questões raciais que abordaram temas como: A educação como ferramenta antirracista; A força, potência e as belezas da ancestralidade; O racismo como produto da desigualdade social; e a construção de uma sociedade antirracista. Para a diretora da escola, Elisângela Guedes, a atividade contribuiu para que os alunos pudessem ter mais consciência e sensibilidade em relação ao racismo estrutural.

“No primeiro momento nós tivemos apresentações dos alunos nas salas de aula, eles pesquisaram durante quinze dias e trabalharam a história da cultura, da culinária, da religiosidade. No segundo dia tivemos a feira, onde os alunos puderam apresentar de forma viva todo oconhecimento que adquiriram na teoria, e finalizamos com a parte cultural, com toda a gama de conhecimento que os negros trouxeram pro Brasil”, informou.

Como encerramento, os estudantes realizaram o desfile da beleza negra, além da apresentação de performances musicais de axé, samba de roda, capoeira e toadas de boi-bumbá que retratam a história do povo negro no Brasil e na Amazônia. A aluna Jamilly Souza, 18, da 3ª série do Ensino Médio, destacou a importância da data para relembrar a todos sobre a importância da luta antirracista.

“Nós sabemos que é uma causa que não deve ser comemorada só no mês de novembro, mas nós decidimos frisar a importância de combater o racismo, seja ele religioso, cultural, estrutural ou de raça, então nesse evento maior nós resolvemos abraçar todas as vertentes do Dia da Consciência Negra, especialmente o combate ao racismo”, ressaltou a estudante.

Foto: Reprodução/Agência Amazonas
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Foto: Hitalo Kleto | Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar | Divulgação

A História como herança

No CEJA Professor Paulo Freire, localizado no centro de Manaus, os estudantes dos turnos matutino, vespertino e noturno da Educação de Jovens e Adultos (EJA), trabalharam a questão do combate ao racismo durante toda a semana, realizando uma culminância no dia 19 de novembro.

Com um aprendizado voltado à herança histórica dos quilombolas, africanos e afrodescendentes, os alunos ornamentaram a escola com cartazes, recortes e desenhos de figuras importantes no combate ao racismo do Amazonas e do Brasil.

A culminância da atividade também contou com apresentações sobre essas figuras históricas, confecção de máscaras e apresentação de seus significados, além de uma apresentação cultural de maracatu e dos alunos no pátio da escola.

Uma das estudantes presentes foi a aluna da turma 8, Flaviana Silva. Com a oportunidade de poder continuar seus estudos no CEJA Paulo Freire, a aluna contou que para além do aprendizado da sala de aula ela pode aprender vivências de figuras tão importantes, o que foi enriquecedor para ela.

“Eu estou muito feliz e gratificada por esse trabalho. É meu último ano aqui na escola então que o trabalho deles seja lindo ano que vem e que venham alunos que estejam empenhados em ajudar os professores e trabalhar bem que é algo que eu amo. Eu fico muito emocionada porque eu tinha esquecido que escola era isso”, contou a aluna.

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