
A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS Cuiabá), emitiu o 4º Alerta do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) de 2025. O levantamento, realizado entre os dias 29 de setembro e 3 de outubro, inspecionou 11.594 imóveis em 27 estratos (agrupamentos de bairros) da capital, para monitorar a presença do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
De acordo com os dados, Cuiabá apresenta média municipal de 2,1% no Índice de Infestação Predial (IIP), o que classifica a cidade em médio risco para transmissão das arboviroses. No entanto, alguns bairros seguem em situação preocupante. Quatro estratos (14,8%) foram classificados como de alto risco, com índice igual ou superior a 4,0%. Entre eles estão áreas da Região Norte, com destaque para o Residencial Bosque dos Ipês, Três Poderes, Jardim Vitória e Altos do Chapada, que apresentaram o maior índice (5,2%).
Na Região Oeste, o Distrito da Guia também registrou alto risco (4,9%), enquanto na Região Sul, bairros como Pedra 90, Monte Sinai e Loteamento Dante Martins de Oliveira registraram índice de 4,6%.
O levantamento mostra que 67,8% dos criadouros foram encontrados em depósitos de água desprotegidos ao nível do solo, como tonéis e caixas d’água sem tampa. Outros 16,3% estavam em recipientes móveis, como vasos e bebedouros, e 10,6% em lixo doméstico, como garrafas e latas. Esses números evidenciam a importância da mobilização da população no combate ao mosquito dentro das residências e locais de trabalho.
Segundo o Boletim da Diretoria de Controle de Zoonoses (DCZ), até a 44ª Semana Epidemiológica de 2025, Cuiabá registrou 1.514 casos de dengue, 11.010 de chikungunya e 5 de zika. Até o momento, não há óbitos confirmados por dengue ou zika, mas dois casos de dengue estão sob investigação. Para chikungunya, foram 27 óbitos confirmados e outros 12 em análise.
O levantamento também demonstra uma melhora em algumas regiões: a Região Sul, antes em alto risco, passou para médio, e a Região Leste reduziu de alto para baixo risco.
A Prefeitura de Cuiabá reforça que o combate ao mosquito Aedes aegypti é uma responsabilidade compartilhada entre o poder público e a população. Por isso, é fundamental que os moradores permitam a entrada dos agentes de combate a endemias nas residências, para que o trabalho de inspeção, orientação e eliminação de criadouros seja realizado de forma efetiva.
“Os agentes de endemias estão devidamente identificados e capacitados para realizar o serviço. A colaboração dos moradores é essencial para que o trabalho alcance todos os imóveis e possamos reduzir o risco de transmissão das doenças”, destaca a secretária de Saúde, Danielle Carmona.
Projeto “10 Minutos contra o Aedes”
A Secretaria Municipal de Saúde também reforça a campanha “10 minutos contra o Aedes”, que incentiva cada cidadão a reservar dez minutos por semana para vistoriar a própria casa ou local de trabalho, eliminando possíveis criadouros. O ciclo de vida do mosquito, do ovo ao adulto, leva de 7 a 10 dias, o que significa que ações simples e regulares podem interromper sua reprodução.
“Uma semana tem mais de dez mil minutos. Se cada morador dedicar apenas dez deles para eliminar criadouros, evitamos que milhares de mosquitos nasçam. Essa é uma atitude que salva vidas”, reforçou a diretora, Silvana Arruda Miranda.
A Prefeitura de Cuiabá seguirá intensificando as ações de fiscalização, visitas domiciliares e campanhas educativas, mas destaca que a colaboração da comunidade é o fator mais importante na luta contra o Aedes aegypti.