
“Informação é a primeira forma de prevenção” foi o tema da capacitação realizada nesta quarta-feira (12), reunindo médicos da Estratégia Saúde da Família e da comunidade, além de profissionais da Equipe de Atenção Primária. Conduzido pela Dra. Kellyn Gotz Rommel, especialista em Oncologia Clínica e integrante do Instituto do Câncer de Sorriso, o encontro teve como propósito fortalecer o conhecimento técnico e ampliar a atuação preventiva dos profissionais de saúde.
Na oportunidade, a médica abordou aspectos fundamentais sobre diagnóstico precoce, fatores de risco, fluxos de atendimento, além dos avanços nos tratamentos oncológicos disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A atividade também reforçou a importância do olhar atento dos profissionais da Atenção Básica para identificação precoce de sinais e sintomas, garantindo maior chance de cura e tratamentos menos agressivos.
“O conhecimento técnico é decisivo para transformar a realidade dos pacientes. Quando o conhecimento chega até a ponta, o cuidado se transforma. A prevenção começa com a escuta, a orientação e a conduta segura de cada profissional que atua na atenção básica e especializada”, detalhou Dra. Kellyn.
Outro ponto em destaque e considerado um dos desafios enfrentados pelos serviços de saúde é o preconceito e o medo dos homens em relação aos exames preventivos. Para a médica da UBS Novos Campos, Dra. Danyelli Philippsen, quanto mais cedo a doença é identificada, menos agressivo tende a ser o tratamento e menores são os riscos de sequelas e mortalidade.
“O diagnóstico precoce salva vidas. A orientação é sempre o acolhimento. É essencial ouvir os medos e as queixas do paciente, garantir privacidade e criar um ambiente de confiança. Explicamos os riscos e benefícios dos exames e mostramos como o diagnóstico precoce impacta diretamente na saúde e no prognóstico dele”, frisa.
A coordenadora médica da Atenção Primária, Dra. Silvana A. Pfeifer, enfatiza que capacitações como essa impactam diretamente a qualidade do atendimento. Ela reforça que a gestão trabalha com o compromisso de manter uma atuação pautada na ciência, na prevenção, na escuta ativa e na valorização dos profissionais.
“Hoje tratamos sobre câncer de próstata, faixa etária indicada para iniciar o rastreamento, quais exames solicitar, a frequência de repetição, como interpretar os resultados e quando encaminhar para um especialista. Nosso propósito é estimular tanto a busca ativa dos pacientes quanto o rastreamento oportunístico dentro das unidades de saúde”, explicou.
A atividade integra as ações permanentes da Secretaria Municipal de saúde, por meio da Comissão de Integração de Ensino e Serviço (CIES). Até o final, 44 médicos da Estratégia Saúde da Família e Comunidade terão participado do curso, além de profissionais que integram a Equipe de Atenção Primária (EAP).
Texto: Janaína Oliveira
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