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Com robótica educacional, estudantes acreanos desenvolvem senso crítico e aprendem automação e programação

Exercitar o senso crítico e despertar a curiosidade científica. Esse é o objetivo do Núcleo de Automação e Robótica Educacional (Nare), da Secretar...

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Acre
12/11/2025 às 16h01
Com robótica educacional, estudantes acreanos desenvolvem senso crítico e aprendem automação e programação
Foto: Reprodução/Secom Acre

Exercitar o senso crítico e despertar a curiosidade científica. Esse é o objetivo do Núcleo de Automação e Robótica Educacional (Nare), da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), ao levar a robótica para as escolas públicas do estado.

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Estudantes descobrem como sensores e circuitos podem resolver desafios do dia a dia, durante atividade do Núcleo de Automação e Robótica Educacional (Nare). Foto: Douglas Bocardi/SEE
Estudantes descobrem como sensores e circuitos podem resolver desafios do dia a dia, durante atividade do Núcleo de Automação e Robótica Educacional (Nare). Foto: Douglas Bocardi/SEE

De acordo com o professor André Lucas Domingos, a proposta é incentivar os estudantes a observarem os problemas do cotidiano e pensarem em soluções práticas por meio da tecnologia.

“Que eles pensem a robótica como uma ferramenta para resolver problemas reais da escola e da comunidade. Um exemplo: a merendeira precisa contar os alunos todos os dias. E se colocássemos um sensor para fazer isso automaticamente? Ou ainda um alarme simples para alertar sobre vazamento de gás. A ideia é essa, olhar para o entorno e propor soluções”, explicou.

O trabalho do Nare começa com exposições itinerantes de robótica, em que os estudantes conhecem diferentes equipamentos automatizados e interagem com os protótipos. Em seguida, os interessados podem se inscrever para oficinas de duas horas e, depois, para mini cursos com duração de dois meses, com encontros semanais no contraturno.

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Professor André Lucas orienta alunos a pensar de forma crítica e usar a robótica como ferramenta para transformar a realidade escolar. Foto: Douglas Bocardi/SEE
Professor André Lucas orienta alunos a pensar de forma crítica e usar a robótica como ferramenta para transformar a realidade escolar. Foto: Douglas Bocardi/SEE

Os alunos que mais se destacam seguem para o curso completo de robótica, com atividades práticas e montagem de circuitos e componentes reais. “A gente vai passo a passo. Eles começam nos simuladores gratuitos e, depois, já dominam o uso dos kits físicos sem danificar nada. O aprendizado é gradual, mas transforma completamente o modo como eles pensam”, destacou André.

Meninas na ciência

Um exemplo do impacto da robótica educacional está na Escola Raimundo Hermínio de Melo, em Rio Branco. Lá, cinco estudantes estão desenvolvendo um comedouro automático para animais, projeto batizado de Comedor Automático.

Alunas da Escola Raimundo Hermínio de Melo desenvolvem alimentador automatizado para animais, com apoio do Nare e parceria da Ufac. Foto: Douglas Bocardi/SEE
Alunas da Escola Raimundo Hermínio de Melo desenvolvem alimentador automatizado para animais, com apoio do Nare e parceria da Ufac. Foto: Douglas Bocardi/SEE

A iniciativa faz parte do Projeto Minas, uma parceria entre o Nare e a Universidade Federal do Acre (Ufac), que incentiva meninas — especialmente negras e indígenas do ensino fundamental e médio — a ingressarem em áreas como ciências exatas, engenharia e computação.

“Nosso principal objetivo é ajudar os cachorros de rua, mas também os domésticos. Às vezes o dono viaja, e o animal precisa continuar se alimentando. Queremos automatizar esse processo para garantir uma alimentação regular, mesmo sem ninguém por perto”, contou a estudante Khamily Rodrigues.

Estudantes se preparam para apresentar seus projetos de robótica na 11ª Mostra Viver Ciência, que será realizada na Escola Glória Perez, em Rio Branco. Foto: cedida
Estudantes se preparam para apresentar seus projetos de robótica na 11ª Mostra Viver Ciência, que será realizada na Escola Glória Perez, em Rio Branco. Foto: cedida

O professor André Lucas explica que o Núcleo atua como mentor técnico na prototipagem do alimentador automatizado: “Elas pensaram em um sistema com sensor que libera a ração quando o animal se aproxima. Trabalhamos juntos na montagem do aplicativo, no circuito e na estrutura física. Elas mesmas construíram as peças, usaram ferramentas e agora estão finalizando o protótipo”, disse.

Colaboração em vários estados

Aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto de nível nacional conta com colaborações em vários estados, incluindo o Acre. “Queremos que meninas pretas, pardas e indígenas se envolvam mais com as ciências, tenham oportunidades e visualizem uma graduação futura”, destacou a professora Izarelly Barbosa, do curso de medicina veterinária da Ufac.

Além de Izarelly, o projeto é coordenado, em parceria com as professoras Ana Beatriz Alvarez, do curso de engenharia elétrica da Ufac, e Romilda Felisbino, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que coordena o programa em nível nacional.

Projeto é desenvolvido com professores da Ufac e da Unifesp. Foto: cedida
Projeto é desenvolvido com professores da Ufac e da Unifesp. Foto: cedida

As estudantes pretendem apresentar o projeto no Universo Vet, que será realizado em 27 e 28 de novembro, no Centro de Convenções da Ufac, e também na 11ª Mostra Viver Ciência, nos dias 26 e 27, na Escola Glória Perez. O grupo ainda inscreveu o projeto na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), promovida pela USP, que reúne talentos da educação básica de todo o país.

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