
Para fortalecer o diálogo sobre soluções climáticas e estratégias globais de mitigação das mudanças do clima, o governo do Acre, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), participou nesta terça-feira, 11, de dois painéis na Casa da Biodiversidade e Clima, espaço coordenado pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema) durante a COP30, em Belém (PA).
No primeiro painel, intitulado “As agroflorestas no enfrentamento às mudanças climáticas”, especialistas, pesquisadores e gestores públicos debateram o papel estratégico dos sistemas agroflorestais (SAFs) na promoção de uma economia de base florestal e no alcance das metas climáticas globais.

Representando o Acre, o secretário de Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, apresentou as estratégias de restauração florestal do Programa de Regularização Ambiental do Acre (PRA).
Carvalho também apresentou a forma como o Acre vem implementando sistemas agroflorestais voltados à recuperação de passivos ambientais, conciliando restauração florestal com produção econômica e valorização das cadeias produtivas regionais. A estratégia institucional do PRA transforma a obrigação legal da recomposição florestal em uma oportunidade para o agricultor familiar desenvolver novos modelos de produção agroflorestal.

O painel contou com a participação da pesquisadora do Instituto Tecnológico Vale, Samia Nunes; da representante da Plataforma Parceiros pela Amazônia, Eduardo Rocha; e do CEO e coofundador da Courageous Land, Phil Kauders. A moderação foi conduzida pela líder de Gestão de Impacto e Inovação Socioambiental do Fundo Vale, Juliana Vilhena.
Na sequência, o secretário também representou o Acre no painel “Parceria global para alimentos, clima e florestas: uma proposta brasileira para alavancar o comércio de commodities alimentícias para soluções florestais e climáticas”, desenvolvido pelo governo de Goiás e o Earth Innovation Institute.
O debate ressaltou a importância de alinhar o comércio internacional de commodities agrícolas com soluções climáticas, integrando produção sustentável, conservação ambiental e prosperidade rural, reforçando a necessidade de reconhecimento internacional dos programas jurisdicionais de REDD+ jurisdicional desenvolvidos pelos estados brasileiros.

Leonardo Carvalho destacou o pioneirismo do Acre com o programa de Redd+ Jurisdicional do Acre, o ISA Carbono do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais (Sisa).
O gestor apontou ainda a importância de estabelecer parcerias com países importadores para valorizar produtos com conformidade ambiental e de reconhecer os esforços dos estados amazônicos na redução de emissões e no fortalecimento da governança ambiental.
“Estamos aqui apresentando os resultados do Acre, mostrando que é possível, de fato, aumentar a produção e, ao mesmo tempo, conservar nossa biodiversidade e os ativos florestais. Trabalhamos para garantir um ambiente ecologicamente equilibrado, com disponibilidade hídrica para a produção e qualidade de vida para as pessoas. Porque o meio ambiente é isso: é vida, é saúde e é futuro”, disse.

O painel ainda contou com a participação do governador do Mato Grosso, Mauro Mendes; a secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andrea Vulcanis; o presidente do Earth Innovation Institute, Daniel Nepstad; e o representante da FAIIR Initiative, Changtong Huang. O debate foi moderado pelo professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Ronaldo Seroa.
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