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Consciência negra: Alunos da EE Professor Jorge Karam Neto celebram artistas negros da Música Popular Brasileira

Por meio da arte, corpo docente e discente recontou a história do Brasil...

Redação
Por: Redação Fonte: Agência Amazonas
11/11/2025 às 16h31
Consciência negra: Alunos da EE Professor Jorge Karam Neto celebram artistas negros da Música Popular Brasileira
Foto: Reprodução/Agência Amazonas

Por meio da arte, corpo docente e discente recontou a história do Brasil

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Foto: Reprodução/Agência Amazonas
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FOTOS: Eduardo Cavalcante / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

Professores e alunos da Escola Estadual (EE) Professor Jorge Karam, localizada no bairro Tancredo Neves, zona leste de Manaus, realizaram, nesta terça-feira (11/11), a culminância do projeto “MPB: Música Preta Brasileira”, trabalho interdisciplinar que, entre oficinas, palestras e apresentações artísticas, teve como objetivo reafirmar o compromisso da escola com a equidade e fortalecer a luta da comunidade escolar contra o racismo.

Durante os meses que antecederam o Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro, os professores se empenharam em introduzir o tema durante as aulas para que os alunos começassem a se familiarizar com a história e a riqueza cultural da população negra. Foi o momento em que os alunos produziram pinturas que retratam a história e a arte de grandes artistas da Música Popular Brasileira, como Gilberto Gil, Jorge Aragão, Seu Jorge, Alcione, Marcelo Falcão, Arlindo Cruz, além da conscientização sobre expressões que são consideradas racistas. As pinturas fizeram parte da exposição realizada durante o evento, que também contou com expressões artísticas de dança e canto.

“As letras das músicas trabalhadas pelos alunos refletem essa identidade do cotidiano deles em relação à miscigenação. Aquela batida, o ritmo, o conjunto de práticas da nossa cultura tem uma história, tem uma vivência, e nós precisamos trazer isso para que eles compreendam a própria identidade deles”, esclareceu o professor idealizador do projeto, Osvaldo Martins, que leciona a disciplina de Filosofia.

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Foto: Reprodução/Agência Amazonas
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FOTO: Eduardo Cavalcante / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

Resgatar as raízes

Presente na culminância do projeto, o cantor e compositor amazonense Chico da Silva recebeu uma homenagem dos alunos e professores por sua contribuição à cultura do estado. Autor da toada “Vermelho” do boi-bumbá Garantido consagrada na voz do artista David Assayag e que ganhou notoriedade mundial na voz da cantora Fafá de Belém, o artista destacou a emoção de ver que suas músicas continuam impactando as pessoas mesmo após quase 50 anos de carreira, contribuindo para uma maior consciência cultural.

“A Consciência Negra traz consigo a consciência de liberdade, de direitos iguais para todos, para que todos tenham direito à educação, direito à liberdade de ir e vir e o direito à expressão”, ressaltou Chico da Silva.

Foto: Reprodução/Agência Amazonas
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FOTO: Eduardo Cavalcante / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

Durante as apresentações culturais, os estudantes apresentaram músicas de artistas negros que contribuíram para a cultura brasileira nas últimas décadas. São músicas que retratam, em suas letras, as brasilidades e a cultura afro-brasileira, que se tornaram objetos de pesquisa realizadas pelos alunos e foram apresentadas ao público presente.

Além de trabalhar a questão musical, a escola também conta com projetos que ressaltam a importância das mulheres negras para a literatura brasileira. No projeto “A importância da literatura de autoras afrodescendentes para a história e a cultura afro-brasileira”, a professora Gleici Osorio trabalha com livros escritos por mulheres negras, com o objetivo de conscientizar os alunos sobre questões como racismo, desigualdade e acesso a direitos básicos.

Foto: Reprodução/Agência Amazonas
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FOTO: Eduardo Cavalcante / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

A estudante Alyne Nayara, da 2ª série do Ensino Médio, destaca que esses projetos contribuem para a consciência cultural, histórica e ética, ajudando, dessa forma, a construir uma educação mais justa para todos.

“Eu acho muito importante trabalhar esse assunto na escola, é um tema relevante que traz muitos benefícios como a consciência, o respeito, a solidariedade, e é muito bom pra gente trabalhar tudo isso dentro da escola”, afirmou.

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