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“Participar do Enem é uma porta que se abre”, afirma aluna de Porto Walter

Suiane da Silva é aluna da Escola Adalberto Sena II, um anexo da Escola São Francisco da Chagas, que fica localizada na Comunidade Iracema, ao long...

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Acre
11/11/2025 às 13h43
“Participar do Enem é uma porta que se abre”, afirma aluna de Porto Walter
Foto: Reprodução/Secom Acre

Suiane da Silva é aluna da Escola Adalberto Sena II, um anexo da Escola São Francisco da Chagas, que fica localizada na Comunidade Iracema, ao longo do Rio Preto, no município de Porto Walter. Aos 34 anos, é a primeira vez que a estudante concorre ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Participar do Enem é uma porta que se abre”, diz.

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O primeiro dia de exames, quando foram aplicadas as provas de Linguagens, Ciências Humanas e Redação, Suiane realizou na Escola Borges de Aquino. “Eu só tenho a agradecer à SEE [Secretaria de Estado de Educação e Cultura, por levar o ensino médio até a nossa comunidade, o que nos motiva de todas as formas”, afirmou.

A aluna não esconde a alegria em participar do Enem. “Estamos realizando um sonho muito grande, de conseguir chegar até onde chegamos, apesar das dificuldades, porque somente em pegar em uma caneta e sentar nessa mesa, para a gente, já é um privilégio; a gente se sente humano, se sente cidadão”, relata, ao descrever a possibilidade de fazer o exame.

E não é pouca coisa. Suiane e outros alunos da zona rural de Porto Walter conseguiram fazer o primeiro dia de prova do Enem graças ao esforço do governo do Estado em levar o ensino médio às comunidades mais distantes.

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Alunos da Escola Adalberto Sena II realizaram a prova em Porto Walter. Foto: cedida
Alunos da Escola Adalberto Sena II realizaram a prova em Porto Walter. Foto: cedida

Suiane se lembra dos investimentos realizados pelo governo para levar educação a essas comunidades ribeirinhas, como a entrega de kits escolares contendo cadernos, lápis, borracha e caneta, além da distribuição de uniformes e a própria merenda escolar que é servida aos alunos.

“Isso tudo é muito gratificante, porque não temos condições de comprar esses materiais, como os uniformes escolares, então é somente gratidão a esse olhar que a SEE tem conosco. Mesmo morando no seringal, a gente é reconhecido”, destaca a estudante.

Suiane Silva: “Realizando o sonho de chegar até aqui”. Foto: cedida
Suiane Silva: “Realizando o sonho de chegar até aqui”. Foto: cedida

Para Suiane chegar até a escola não é tarefa fácil. São mais de três horas de barco. “Eu nunca imaginei que ia conseguir terminar, pela dificuldade, pois moramos em um igarapé de difícil acesso, gastamos três horas para chegar na comunidade para poder estudar”, relata.

O segundo dia de provas, com Ciências da Natureza e Matemática, será realizado no próximo domingo, 16 . “Estou ansiosa, esperando. Por isso somos gratos ao governo, por nos ajudar e olhar pela gente”, ressalta.

Oportunidades para todos

A realização do Enem para os alunos do ensino médio moradores das comunidades da zona rural é um trabalho desenvolvido pela SEE, por meio do núcleo local, com as escolas e professores.

A partir de 2024 mais alunos começaram a se inscrever para o Enem, partindo de um trabalho que começou a ser feito. “Agora, em 2025, matriculamos 94 alunos no ensino médio, dos quais 78 se inscreveram para realizar o Enem”, informa.

Porto Walter aumentou número de alunos inscritos no Enem. Foto: José Caminha/Secom
Porto Walter aumentou número de alunos inscritos no Enem. Foto: José Caminha/Secom

De acordo com a gestora, apesar das dificuldades de acesso e das distâncias das comunidades rurais, o trabalho realizado resultou na inscrição de um número expressivo de estudantes. “Um número bastante significativo na participação dos alunos”, definiu.

Para se ter uma ideia do crescimento na participação dos alunos da zona rural de Porto Walter, de 2023 para 2024 houve um aumento de 51% no número de inscrições e de 2024 para 2025 esse aumento saltou para 83%: “Isso significa que o nosso trabalho está dando certo e sou grata a todos os profissionais envolvidos”, analisa.

“Mesmo diante das dificuldades, nossos estudantes vêm abraçando a oportunidade de participar do Enem, que é um passo extremamente importante, que abre horizontes, de fazer um curso superior, seja em nossa cidade, que também é de difícil acesso, em Rio Branco ou até mesmo em outro estado”, frisa Fabiana.

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