
Durante a sessão desta terça-feira (11), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Pedro Longo (PDT) chamou atenção para a necessidade de um olhar diferenciado no processo de convocação dos professores aprovados no concurso da Educação, especialmente os candidatos da área de Educação Especial. O parlamentar destacou que o Estado se prepara para convocar cerca de 3 mil novos professores, mas frisou que surgem questionamentos e demandas que exigem acompanhamento por parte do Parlamento acreano.
“Estamos próximos à convocação de cerca de três mil professores aprovados recentemente. Mas começam a surgir temas que merecem a nossa atenção, especialmente no que diz respeito à Educação Especial. É o primeiro concurso em muitos anos para essa área, e há um acúmulo de demandas que precisa ser considerado”, pontuou o deputado.
O pedetista informou ter recebido vídeos e mensagens de candidatos aprovados que solicitam apoio da Aleac junto à Secretaria de Educação, para que o cadastro de reserva também seja contemplado no momento das convocações, tendo em vista que muitas vagas continuam sendo ocupadas por professores provisórios.
Em um dos vídeos exibidos durante a sessão, uma das aprovadas explicou que, para Cruzeiro do Sul, foram ofertadas 70 vagas, mas 132 candidatos foram classificados. Segundo ela, os profissionais da Educação Especial atuam em diversas funções como professores de Libras, intérpretes, mediadores e agentes e, mesmo com a convocação de todos os aprovados, ainda haverá déficit de pessoal na rede estadual.
“Essas vagas estão sendo preenchidas por professores provisórios. Pedimos que, ao convocar os efetivos, também seja considerado o cadastro de reserva, porque a necessidade é muito maior que o número de vagas ofertadas”, diz o trecho do vídeo exibido a pedido do deputado.
Pedro Longo reforçou o pedido dos educadores e propôs que a Assembleia Legislativa faça uma diligência junto ao secretário de Educação para tratar do tema. “Essa é uma área que há mais de dez anos não recebia contratações efetivas. As demandas da Educação Especial só aumentam, e precisamos garantir profissionais capacitados e permanentes para assegurar inclusão, acolhimento e qualidade no atendimento às crianças com deficiência e transtornos de aprendizagem”, afirmou o parlamentar.
Por fim, o deputado agradeceu aos colegas parlamentares pelo apoio à causa, e concluiu destacando que a inclusão é um dever do Estado e deve estar no centro das políticas públicas educacionais.
Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac
Foto: Sérgio Vale