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O encontro reuniu jornalistas, profissionais da comunicação e representantes de instituições de poder do Estado, com o objetivo de promover o letramento em diversidade e fortalecer o compromisso ético da imprensa acreana na cobertura de temas relacionados à população LGBTQIA+. A palestra principal foi conduzida pela doutora em Direito Antidiscriminatório Luanda Pires, advogada, professora e presidente da Comissão de Direito Antidiscriminatório do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), reconhecida nacionalmente por sua atuação na defesa da inclusão e no combate à discriminação.
De acordo com Germano Marino, chefe da Divisão de Promoção dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ da SEASDH, o evento representa um avanço importante para o Acre. “Esse letramento de diversidade é para os comunicadores acreanos, da imprensa e estudantes. É voltado para que possamos apresentar uma imprensa mais inclusiva, com respeito à diversidade e combate a qualquer tipo de estigma contra as pessoas LGBTQIA+. Já houve situações em que vítimas foram revitimizadas por meio de matérias que não respeitavam sua identidade de gênero, e é justamente isso que queremos mudar”, explicou.
Germano ressaltou ainda, a relevância da parceria institucional com o Parlamento Acreano. “É muito importante o apoio da Assembleia Legislativa do Estado do Acre, dos nossos parlamentares e do presidente Nicolau Júnior, que têm se mostrado sensíveis às causas que enxergam a população acreana, em especial a população LGBTQIA+, como cidadãos de fato e de direito. Ter o Legislativo apoiando essas ações demonstra compromisso com uma sociedade mais justa e igualitária”, completou.
Durante sua fala, a doutora Luanda Pires destacou que o principal desafio da comunicação é a humanização das narrativas. “Antes de tudo, o nosso desafio é humanizarmos essas pessoas e nos entendermos, não apenas enquanto comunicadores, mas como sociedade. Essas pessoas são seres humanos e precisam ter seus direitos respeitados como todas as outras. Não podemos falar em Estado Democrático de Direito enquanto não respeitarmos o gênero e a identidade de determinados grupos sociais. A comunicação precisa ser uma ferramenta de transformação, e isso começa com o reconhecimento das subjetividades humanas.”
A especialista enfatizou ainda que o processo de desconstrução deve partir de uma mudança individual. “A partir do momento em que a gente se desconstrói e se reconhece como ferramenta principal no combate à discriminação, passamos a transformar também nossos ambientes, o trabalho, as relações e a forma como passamos as informações. É muito importante ver o apoio da Assembleia Legislativa do Acre a esse tipo de iniciativa, pois a falta de vontade política ainda é um dos maiores obstáculos à efetivação das políticas públicas para a população LGBTQIA+. Quando um parlamento se dispõe a debater e aprender sobre o tema, isso representa um passo significativo para o fortalecimento dos direitos humanos no Estado.”
Ao falar sobre o evento, o presidente da Aleac, deputado Nicolau Júnior, destacou o papel do Legislativo na promoção de debates que ampliem o respeito e a empatia. “A Assembleia Legislativa do Acre apoia todas as ações que buscam valorizar a diversidade e garantir o respeito aos direitos humanos. É fundamental que os comunicadores e toda a sociedade entendam o poder da informação na construção de uma cultura de paz e igualdade. O Parlamento Acreano continuará sendo um espaço de diálogo e de defesa da dignidade humana em todas as suas formas”, afirmou o parlamentar.
O evento também contou com a participação do psicólogo Hanrry Luis, que falou sobre o cuidado com a saúde mental das vítimas LGBTI+ nas abordagens midiáticas, além de uma mesa de debates aberta à participação do público. As cantoras acreanas Jana Sara e Kelen Mendes encerraram a programação com apresentações culturais.
Texto: Andressa Oliveira
Fotos: Yasmin Sá e Carolina Torres (SEASDH)















 
  
  
  
 