
Com 66 alunos PCDs (Pessoas com Deficiência) matriculados do 1º ao 5º ano, a Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Antônita Tita Maciel de Campos, localizada no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, é referência nas políticas educacionais de inclusão.
O secretário de Educação, Amauri Monge Fernandes, explica que a estrutura das escolas para atender crianças PCDs é uma das prioridades da atual gestão. “O prefeito Abilio Brunini e a primeira-dama Samantha Iris têm compromisso total com a inclusão, o que envolve políticas públicas pautadas pela equidade”, disse.
A estrutura da escola oferece parque de brinquedos adaptado para a entrada de cadeirantes. Instalado no pátio, o parque é multisensorial, ou seja, dispõe de um metalofone que emite sons de notas musicais, o famoso “dó-ré-mi-fá-sol-lá-si-dó”. Há também o alinhavo, que permite à criança aprender a dar um laço no cadarço do tênis ou sapato. As crianças PCDs ainda são monitoradas por 23 cuidadoras.
Os alunos PCDs também têm à disposição uma horta, onde são acompanhados por jardineiros e professores para aprender sobre o plantio de folhas e árvores, além de tirar dúvidas relacionadas à Biologia. O aluno Antônio dos Anjos, do 2º ano, elogia as atividades na horta. “Tem muita coisa legal para fazer fora do videogame. Cuidar da horta é um dos momentos mais legais da escola”, afirma.
Outro espaço de inclusão é a sala multifuncional. Montada com lousa digital, quadro branco, painel sensorial, aramados de percursos e ondulares, massinhas, tatames, letras do alfabeto em madeira e computadores, é um ambiente onde a criança PCD pode permanecer por até duas horas semanais, desde que autorizada pelos pais ou responsáveis.
As salas multifuncionais contam com professores especializados. Os equipamentos ajudam a aprimorar habilidades mentais e intelectuais, como atenção, memória, linguagem e raciocínio lógico.
Esses espaços também auxiliam no processo de aprendizagem de alunos diagnosticados com Síndrome do X-Frágil, TOD (Transtorno Opositivo-Desafiador), Síndrome de Tourette, Síndrome de Turner, microcefalia e transtornos do desenvolvimento da fala.
A professora pedagoga especializada em educação especial, Elizângela Ribeiro da Cruz Amorim, relata sua experiência na sala multifuncional. “Estamos lidando com um garoto de sete anos, diagnosticado com autismo. Ele apresenta concentração elevada na aprendizagem, o que se reflete em alto desempenho nas provas de matemática”, explica.
A diretora da escola afirma que vê com muita satisfação a potencialidade da unidade em oferecer atividades educacionais às crianças PCDs. “Nossa equipe é unida em trabalhar para o bem. Para manter a horta, contamos com jardineiros, alunos e também a família, que encaminha mudas de hortaliças e ramas de mandioca. A oportunidade de ensinar as crianças PCDs nesse espaço é algo sensacional”, afirma.
A coordenadora Sidnayra Gadella cita ainda outros espaços disponíveis para atividades pedagógicas fora da sala de aula. “Nós dispomos de biblioteca, quadra, parque da educação infantil, sala de informática e sala de recomposição da aprendizagem. Estamos completamente aptos para lidar com as crianças PCDs.”
#PraCegoVer
A foto mostra um grupo de crianças, usando o uniforme oficial da Prefeitura de Cuiabá, em uma horta, participando de uma atividade escolar.