O governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e da Fundação Hospitalar Governador Flaviano Melo, marcou presença no 19º Congresso Brasileiro de Transplantes, realizado de 15 a 18, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. Considerado o maior encontro da América Latina na área, o evento reuniu especialistas, pesquisadores e profissionais de saúde de todo o país, com o objetivo de discutir avanços, desafios e experiências exitosas relacionadas à doação e aos transplantes de órgãos.
O Acre participou com representantes da Central Estadual de Transplantes e da Organização de Procura de Órgãos (OPO), ambas vinculadas à Sesacre, além do Serviço de Transplantes da Fundação Hospitalar. Juntas, as equipes apresentaram sete trabalhos científicos, sendo quatro da Central e da OPO e três do Serviço de Transplantes. As produções abordaram aspectos técnicos, sociais e culturais que refletem o compromisso do Estado com a pesquisa e a qualificação permanente dos profissionais que atuam em todas as etapas do processo de doação e transplante.
“Participar de um evento dessa magnitude nos permite atualizar protocolos, conhecer novas tecnologias e reforçar o trabalho que já vem sendo feito no estado. É um momento de aprendizado e reconhecimento das equipes, que se dedicam diariamente para garantir um atendimento de qualidade aos pacientes que aguardam por um transplante”, destacou Valéria Monteiro, coordenadora do Serviço de Transplantes da Fundhacre.
Os resultados apresentados durante o congresso evidenciam o avanço da política estadual de transplantes. Desde o início dos programas, o Acre já realizou 567 procedimentos, sendo 109 renais, 345 de córnea, 109 hepáticos e 3 de tecido musculoesquelético. Somente em 2025, foram contabilizados 38 transplantes, entre 9 de rim, 12 de córnea, 14 de fígado e 3 de tecido ósseo.
Entre os temas apresentados, destacam-se a importância da educação popular nas campanhas de conscientização sobre doação de órgãos, especialmente durante o Setembro Verde; as dificuldades nas entrevistas familiares com povos indígenas, considerando particularidades culturais e de comunicação; o perfil epidemiológico dos pacientes que aguardam transplante renal no Acre; e o papel da terapia nutricional no acompanhamento de pacientes transplantados. As apresentações, em formato de pôster, foram bem recebidas por especialistas de diferentes regiões do país, pela abordagem amazônica e o olhar sensível às diversidades socioculturais do estado.
A coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Celiane Alves, ressaltou que a participação do Acre em um congresso dessa relevância consolida o compromisso do Estado com a excelência e a constante atualização das equipes. “A capacitação contínua é essencial para aprimorar a qualidade dos atendimentos e adotar práticas mais eficientes no serviço. Cada conhecimento adquirido fora do estado é compartilhado com os profissionais locais, resultando em um trabalho mais humano, seguro e resolutivo”, afirmou.
Para a médica Rosely Barreros, coordenadora da OPO, o protagonismo do Acre no evento reforça o reconhecimento nacional do esforço coletivo das equipes.“Cada trabalho apresentado representa a dedicação dos profissionais que atuam diariamente para salvar vidas e fortalecer a cultura da doação de órgãos em nosso estado”, pontuou.
O congresso também integrou o 23º Congresso Luso-Brasileiro de Transplantes, o 18º Encontro de Enfermagem em Transplantes e o Fórum de Histocompatibilidade da ABHI, promovendo debates sobre inovações científicas, ética e humanização no processo de doação e transplante.
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