O Acre está de parabéns pelos projetos apresentados pelos estudantes do estado, por meio do Instituto Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ieptec), conforme afirmaram representantes do Ministério da Educação (Mec) que visitaram o estande do estado na 5ª Semana Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, realizada em Brasília.
Eles verificaram de perto os projetos apresentados por estados como o Acre, que levou à capital federal quatro projetos: o Biogel Fitoterapêutico, usando princípios da copaíba e do jambu; um aplicativo de Internet que conecta empresas de reciclagem e comunidade para o descarte de produtos como geladeiras e fogão; o peixe moqueado e o caviar acreano feito com tucupi; e um filme de curta-metragem sobre preservação do Rio Acre feito com quadros pintados com tinturas extraídas da natureza.
“Eu vejo inovação da educação profissional e tecnológica do Acre e num nível que se equivale a qualquer outra instituição que recebe até mais recursos de tecnologia”, afirmou, Marcos Lael de Oliveira Alexandre, gerente de projetos da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), do MEC.
“São projetos que vão além da sala de aula, com potencial de se tornarem startups, de ter opção de empregabilidade, nessa integração escola e o mundo do trabalho”, disse ele, reforçando que o estado está em sintonia neste sentido, estimulou a evolução das iniciativas, inclusive para que estejam em outras mostras científicas, e concluiu: “Parabéns à educação profissional e tecnológica do Acre.”
“Fiquei encantada pelo caráter inovador que têm os projetos e vejo neles muita inovação e que estão diretamente relacionados com sustentabilidade, criação de novos produtos, com empreendedorismo, que é uma das vertentes da educação profissional e tecnológica”, disse Fabiana Faxina, da equipe da Coordenação de Inovação da Diretoria de Articulação e Fortalecimento da Setec/Mec.
“O objetivo é exatamente esse, apresentar os novos conhecimentos que estão sendo desenvolvidos pela educação profissional e tecnológica, estimular o empreendedorismo”, disse explicando que é “por meio dessa inovação, do empreendedorismo, que o país terá uma nova indústria e a educação profissional e tecnológica tem um papel fundamental nesse processo”.
“Graças a Deus, missão cumprida, estamos felizes com os projetos apresentados, nossos alunos estão felizes, foram muitas visitas e a participação superou as nossas expectativas”, comemorou o presidente do Ieptec, Alírio Wanderley, que anunciou avanços.
“Queremos fazer uma semana tecnológica no Acre com a participação de todas as nossas escolas nos municípios”, disse afirmando que no próximo evento nacional de inovação e empreendedorismo, deverá ampliar a participação do estado. “Ano que vem queremos dobrar a participação dos estudantes no evento nacional, aumentando de quatro para oito projetos apresentados e num estande maior”, garantiu.
De acordo com a coordenadora de Ensino do Ieptec, Mara Lima, o trabalho segue com o registro de patentes dos projetos e a busca de transformá-los em startups, que são pequenos negócios iniciantes apoiados durante um período até se tornarem microempresas.
A partir das startups, a gente vai orientar os alunos na busca de financiamentos e com orientações até necessários para se tornarem empresas”, disse. “O papel da educação profissional é inserir esses meninos no mundo do trabalho, através do empreendedorismo, que é o que estamos fazendo aqui”, completou a coordenadora, também orgulhosa com a participação dos estudantes no evento.
Para os estudantes que apresentaram os projetos, a participação no evento reforça os projetos e os conhecimentos.
“É importante a gente estar aqui, porque a gente pega o feedback das pessoas, o que ajuda a aprimorar cada vez mais o aplicativo, desenvolver mais para que ele seja muito usado futuramente”, afirmou o estudante Isaias Moreira, do projeto do aplicativo que orienta o descarte adequado de lixo industrializado de uso doméstico em Cruzeiro do Sul.
“É um sentimento muito bom, porque estou trazendo não só o meu trabalho, mas de uma turma de 25 alunos. A gente mostra a nossa cultura, os impactos ambientais, o nosso rio, as problemáticas, mas a beleza dele também. É uma forma de incentivo para as pessoas cuidarem mais do meio ambiente”, explicou o estudante Vitor Ian, do projeto “O menino e o rio”.
“A pessoas se interessam mais vendo que o nosso biogel, que a nossa região tem plantas como o jambu e a copaíba, que são fundamentais. Mostramos que isso é zero por cento do que a nossa floresta tem. Então é uma ótima experiência mostrar para o Brasil o que a floresta amazônica tem a oferecer e como é importante preservá-la”, avalia a estudante Jhennifer Ferreira, do projeto do Biogel.
“É uma experiência única que a gente vai levar, de estar viajando para outro estado para apresentar um trabalho que a gente fez, com a nossa turma. Trazer e representar o Acre com esse prato e com toda essa importância para a gastronomia, com a ciência junto, com a inovação, que é o que o projeto pede, é muito gratificante”, disse a estudante Natália Nascimento, do projeto Peixe Moqueado e Caviar Acreano.
“É oportunidade de mostrar para o mundo, para o Brasil, que o nosso estado também é rico, não apenas por estar na Amazônia, mas também com a comida. É uma experiência, onde a gente tem que falar com o público, ser uma pessoa mais dinâmica, é muito gratificante”, confirmou a outra autora do projeto, Karolynne Almeida.
Os projetos expostos em Brasília foram desenvolvidos por todos os alunos das turmas dos estudantes que participaram do evento com a orientação de professores. Os alunos também contaram com o suporte de orientadores e coordenadores no estande do Acre, também orgulhosos com os resultados.
“A gente sai daqui com o coração imenso de alegria do quanto a gente recebeu de carinho, elogios e trocas para melhorar e crescer e isso, para o aluno do ensino médio, contribui para entender o poder da educação que é tudo, é tecnologia, é sustentabilidade, tudo”, disse Priscila Cristina Miranda, orientadora do projeto O menino e o rio. O projeto também contou com o apoio, no estande, da coordenadora Jessiane Pitt.
Os orientadores dos outros projetos presentes foram: professor Ivan Ferreira, do projeto Peixe Moqueado e Caviar Acreano; Kennedy Rocha, do projeto Biogel Fitoterapêutico; e Anderson Araújo, do projeto do aplicativo Recycle CZS.
A 5ª Semana Nacional de Educação Profissional e Tecnológica começou na terça-feira, 7, e encerrou nesta quinta-feira, 9, em Brasília, reunindo estudantes e experiências na área de todo o país.
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