Num mundo cada vez mais competitivo, o investimento em qualificação profissional, mais que um diferencial, é uma necessidade. Segundo o Mapa do Trabalho Industrial, o Acre precisará de 4.053 mil trabalhadores com uma nova formação para atender o ritmo de criação de empregos e a reposição de trabalhadores que deixarão o mercado de trabalho formal.
As projeções também mostram que, no estado, 19,2 mil trabalhadores precisarão de treinamento e desenvolvimento para atualizar as competências nas funções que já desempenham na indústria e que também são demandadas por outros setores no Brasil.
A atualização profissional envolve o desenvolvimento de competências em dimensões como habilidades técnicas, como domínio de máquinas, equipamentos e softwares; competências comportamentais, como pensamento crítico, inteligência emocional, criatividade e inovação; e ações de saúde e segurança no trabalho. O levantamento é elaborado pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI) da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Ainda de acordo com o estudo, para atender a demanda da indústria do Acre, será necessário qualificar pelo menos 23 mil profissionais entre 2025 e 2027. O número contempla a necessidade de formação de 4 mil novos profissionais e de requalificação de 19 mil que já estão no mercado. A projeção leva em conta o crescimento da economia e do mercado de trabalho.
Atento às necessidades do setor produtivo, o governo do Acre, por meio da Agência de Negócios do Estado (Anac), instituições de ensino e empresas unem forças unem forças para oferecer formação acessível e contínua. Para trabalhadores e empresas, a formação inicial e continuada representa oportunidades reais de crescimento e transformação.
Desde 2023, com um investimento de R$ 320 mil, recurso oriundo de emendas parlamentares estaduais, a Anac, por meio do projeto Centro de Inovação e Qualificação Profissional (CIQN) em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), propiciou a qualificação de 871 profissionais.
Somente pelo Sesi, com emendas no valor de R$ 50 mil, os cursos na área de segurança do trabalho alcançaram 371 pessoas. Em 2024 e 2025, com a alocação de mais 270 mil, também de emendas parlamentares, a parceria com Senai viabilizou a qualificação para mais 500 pessoas. Dentre os participantes, funcionários de empresas coligadas à Anac, como a Dom Porquito Agroindústria.
No primeiro semestre de 2025, os cursos realizados no Instituto Senai promoveram formações de eletricista de redes de distribuição de energia, instalações elétricas prediais, instalador hidráulico, pedreiro de revestimento, elevação em alvenaria, processos administrativos de RH e departamento pessoal, rotinas e lançamento contábil, informática básica, e instalador de sistemas fotovoltaicos.
Recurso financeiro destinado à qualificação não é gasto, é investimento social e econômico. A formação amplia o acesso a oportunidades, contribui para melhorar salários, reduz desigualdades e fortalece o ambiente de negócios. Vale ressaltar a importância do custo-benefício das ações formativas, o tanto feito e o impacto alcançado, com montante relativamente baixo. Acrescentemos às iniciativas da Ana, as inúmeras atividades educativas, formativas ofertadas pelas instituições de ensino da rede estadual, como o Instituto Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ieptec) e o Centro de Estudos de Línguas (CEL), só para citar alguns na capital e interior do estado.
Com papel articulador e a missão de promover a expansão e intermediação de recursos e oportunidades de negócios para Acre, a Anac segue unindo forças com o propósito de fortalecer empresas e a economia na região.
Waleska Bezerra é secretária executiva e presidente da Agência de Negócios do Estado do Acre (Anac)
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