A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), por meio do Núcleo de Educação Permanente da Maternidade Bárbara Heliodora, recebeu nesta terça-feira, 9, uma palestra em alusão ao Dia Mundial de Prevenção da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF).
O encontro teve como palestrante a médica pediatra neonatologista, Maria do Socorro Avelino Gonçalves, responsável técnica do Complexo Neonatal, que abordou os temas “Prevenção da Síndrome Alcoólica Fetal” e “Transtorno do Espectro Alcoólico Fetal”. O evento ocorreu no auditório da Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco.
“É fundamental abordarmos esse tema para orientar nossas mamães e futuras mamães sobre os prejuízos que o álcool pode causar durante a gestação. O consumo de bebidas alcoólicas nesse período pode resultar em transtornos do espectro da síndrome alcoólica fetal. Por isso, estamos reunidos com profissionais de saúde promovendo um amplo debate para conscientizar e proteger a saúde das gestantes e dos bebês”, destacou a secretária adjunta de Saúde, Ana Cristina Moraes.
A atividade tem como objetivo sensibilizar e orientar profissionais de saúde, gestantes, familiares e a comunidade em geral sobre os riscos do consumo de álcool durante a gravidez e a importância da prevenção da SAF, uma vez que não existe dose segura de álcool na gestação.
“Esse momento nos deixa muito felizes, pois demonstra o compromisso do nosso Núcleo de Educação Permanente em estar atento às necessidades de atualização e capacitação. Qualificar nossos profissionais é fundamental para garantir um atendimento cada vez mais humanizado e de qualidade para as gestantes e bebês”, salientou Simone Prado, gerente geral da maternidade.
Durante o encontro, profissionais destacaram a relevância do debate para o dia a dia da assistência. Para a enfermeira Rosi Oliveira, a capacitação é essencial. “É um tema extremamente importante para a saúde pública. Participar de capacitações como esta é fundamental, pois conseguimos orientar melhor as pacientes e seus familiares, tanto na atenção primária quanto aqui, na nossa unidade, onde muitas gestantes nos procuram em busca de acolhimento e acompanhamento”.
A Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) é um conjunto de danos permanentes no desenvolvimento do bebê, causados pelo consumo de álcool durante a gestação, que resultam em alterações faciais, atraso de crescimento e disfunções do sistema nervoso central (SNC).
“Caracteriza-se pela presença de sinais faciais típicos: fenda palpebral pequena, filtro nasal liso e borda vermelha do lábio superior fina, cabeça menor que o normal (microcefalia) déficit de crescimento e alteração no neurodesenvolvimento, como dificuldade na fala, aprendizado, comunicação e interação social”, explicou Maria do Socorro Gonçalves, palestrante e pediatra neonatologista.
É a forma mais grave dos Transtornos do Espectro Alcoólico Fetal (FASD) e não tem cura, sendo totalmente prevenível se a gestante não consumir álcool. “O álcool atravessa a placenta, afetando o feto que não tem a capacidade de metabolizá-lo, causando danos permanentes aos órgãos e ao cérebro”.
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