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Com apoio da Fapac, pesquisador do Acre ganha reconhecimento internacional por estudo inovador sobre a Ddoença de Chagas na Amazônia

Com o reconhecimento da comunidade científica internacional, o professor e pesquisador da Universidade Federal do Acre (Ufac), Dr. Dionatas Menegue...

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Acre
02/09/2025 às 18h33
Com apoio da Fapac, pesquisador do Acre ganha reconhecimento internacional por estudo inovador sobre a Ddoença de Chagas na Amazônia
Foto: Reprodução/Secom Acre

Com o reconhecimento da comunidade científica internacional, o professor e pesquisador da Universidade Federal do Acre (Ufac), Dr. Dionatas Meneguetti, se destacou com a recente publicação de um artigo científico na revista da editora Elsevier da Holanda, com o estudo sobre a doença de Chagas na Amazônia.

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Para desenvolver a pesquisa, Meneguetti se inscreveu com o projeto em execução pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Acre (Fapac), intitulado “Amazônia +10 no contexto das doenças negligenciadas: caracterização entomoepidemiológica da doença de Chagas em regiões amazônicas de fronteira (Brasil-Bolívia e Brasil-Peru)”. Um dos resultados do projeto foi a publicação do artigo na revista eletrônica Acta Tropica , da editora Elsevier . O artigo, com o título “ Rhodnius montenegrensis Rosa et al., 2012 (Hemiptera, Triatominae) in Peru: a warning for the transmission of Trypanosoma cruzi (Chagas, 1909) (Kinetoplastida, Trypanosomatidae) in periurban areas “, está disponível no endereço: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0001706X25002700

O estudo foi realizado na região da tríplice fronteira (Brasil, Peru e Bolívia) e registrou, pela primeira vez, a presença do Rhodnius montenegrensis no Peru. Com essa descoberta, o número de espécies de triatomíneos no país aumentou de 18 para 19, e o número de países com a presença do R. montenegrensis passou de 2 para 3 (Brasil, Bolívia e Peru). A notificação do R. montenegrensis , assim como a taxa de infecção por T. cruzi e a presença de sangue humano como fonte de alimento para este inseto vetor, ressaltam a necessidade de atenção por parte dos programas de controle de vetores de ambos os países.

Estudo sobre a doença de Chagas na Amazônia foi publicado na revista da editora Elsevier da Holanda, com o .Foto: cedida
Estudo sobre a doença de Chagas na Amazônia foi publicado na revista da editora Elsevier da Holanda, com o .Foto: cedida

De acordo com o professor Dionatas Meneguetti: “Esse achado é importante não apenas por relatar uma nova ocorrência de triatomíneos para o Peru, mas também por comprovar que esses insetos estão se alimentando de sangue humano em uma região de divisa com o Brasil, o que demonstra a necessidade de intensificação da Vigilância Epidemiológica na região”.

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O pesquisador também destaca que “esse é apenas o primeiro artigo publicado desse projeto. Outros já estão submetidos e em fase de escrita, e em breve serão publicados novos dados relevantes para o conhecimento e a profilaxia da doença de Chagas nas regiões pesquisadas”. Meneguetti também ressalta que o financiamento do projeto por meio da Iniciativa Amazônia +10 foi fundamental para a realização do estudo, devido aos altos custos com deslocamento e insumos laboratoriais, tornando a pesquisa inviável sem esse auxílio.

O presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Acre (Fapac), Moisés Diniz, enfatizou que a publicação em uma revista de alto impacto como a Acta Tropica é a prova de que o investimento em ciência e tecnologia na Amazônia é um pilar estratégico para o desenvolvimento da região. “É com imensa satisfação que recebemos a notícia da publicação do artigo do Dr. Dionatas Meneguetti. Este trabalho eleva o nome do governo do Acre, representado pela Fapac, no cenário científico global, e reforça a importância de apoiarmos pesquisas que geram resultados valiosos para a saúde pública em nossa região”, declarou o presidente.

Execução e Financiamento do Projeto

O projeto do pesquisador está sendo executado em consórcio com a Universidade Federal do Acre (Ufac), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Fundação Oswaldo Cruz (RJ), pois se trata de um projeto em rede liderado pelo estado da Região Norte participante, neste caso, o Acre.

O projeto conta com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Acre (Fapac), da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), além do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), totalizando R$ 1.073.732,70 em investimento em pesquisa.

Iniciativa Amazônia +10

A Iniciativa Amazônia +10 é um programa de desenvolvimento de Ciência, Tecnologia e Inovação, construído pelas Fundações de Amparo à Pesquisa signatárias, e organizado no âmbito do Conselho Nacional de Fundações de Amparo à Pesquisa Estaduais (Confap). Seu objetivo é promover ações de CT&I que sejam úteis e convergentes para o fortalecimento de ações concretas em âmbito regional, mas com potencial de replicação.

A Primeira Chamada de Propostas da Iniciativa Amazônia +10, realizada em 2022, mobilizou mais de 500 pesquisadores em 20 estados brasileiros. Foram selecionadas 39 propostas de 18 estados e do Distrito Federal, com investimentos das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) totalizando R$ 41,9 milhões.

No total, 39 projetos em rede foram selecionados no Brasil, totalizando R$ 41.982.844,23. Desses, 6 projetos foram de pesquisadores do Acre que submeteram à Fapac, totalizando R$ 553.644,93. Para o pagamento total dos projetos aprovados, a Fapac disponibilizou R$ 200.000,00 e o CNPq disponibilizou R$ 353.644,93.

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