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Com foco na prevenção e no tratamento das complicações respiratórias e cardiovasculares, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) realiza nesta terça e quarta-feira, 26 e 27, na Escola Técnica Maria Moreira da Rocha, em Rio Branco, a Oficina de Manejo Clínico da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM).
A programação conta com palestras de especialistas renomados, como a cirurgiã vascular Ângela Magalhães, o endocrinologista Rudney Marçal, a nefrologista Ianna Lima Simão, o cardiologista Odilson Silvestre e a enfermeira especialista em terapia intensiva Mônica Silvino Maia Nascimento.
“Estamos reunindo médicos e enfermeiros dos 22 municípios do estado. Queremos reduzir o impacto dessas doenças, que muitas vezes levam os pacientes à hemodiálise, ao cateterismo, ao infarto e, no caso do diabetes, até à amputação. Ao orientar nossos profissionais sobre como manejar clinicamente esses casos na atenção primária, evitamos que os pacientes evoluam para complicações graves”, explica a secretária adjunta de Saúde, Ana Cristina Moraes.
O objetivo é atualizar profissionais de saúde do Acre sobre condutas clínicas baseadas em evidências, fortalecendo a rede de atenção primária e especializada, além de discutir estratégias integradas para o cuidado de pacientes com doenças crônicas de alta prevalência.
“A oficina oferece ferramentas e atualizações nos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, para que nossos profissionais realizem um manejo adequado dos pacientes nas unidades básicas. Assim, conseguimos reduzir complicações dessas doenças tão prevalentes e melhorar significativamente nossos indicadores de saúde no Acre”, afirma a chefe do núcleo de prevenção de doenças crônicas da Diretoria de Atenção Primária à Saúde (DAPS), Vanessa Wismann.
A qualificação integra o calendário de capacitações contínuas para aprimorar o atendimento e reduzir os impactos da hipertensão e do diabetes, que figuram entre as principais causas de complicações graves e internações hospitalares no estado.
“Saúde é trabalho em rede. Precisamos qualificar nossos profissionais da atenção básica e fortalecer o fluxo de assistência para evitar que muitos casos cheguem à alta complexidade. É na atenção básica que conseguimos manejar o paciente e impedir que as doenças se agravem. Por isso apoiamos ações como esta: seguimos na retaguarda, prontos para receber os casos mais complexos, mas sempre com a consciência de que devemos olhar para a saúde das pessoas, e não apenas para a doença”, destaca a presidente da Fundação Hospitalar Governador Flaviano Melo, Sóron Steiner.
Para a médica Kelly Bestene que atua em uma Unidade Básica de Saúde de Rio Branco, capacitações como esta são essenciais para melhorar o atendimento prestado aos pacientes. “Sou médica da Atenção Primária e considero fundamental participar de capacitações como esta, porque nós, médicos da ponta, lidamos diariamente com casos de hipertensão e diabetes, que são o carro-chefe do nosso trabalho. Quanto mais conhecimento adquirimos, mais preparados estamos para ajudar nossos pacientes, fortalecendo tanto a prática quanto a teoria que orienta nosso atendimento”, finaliza.
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