O descarte correto de resíduos sólidos e todas as suas etapas de processamento e separação foram tema de mais uma reunião para definir os próximos passos das ações no avanço do projeto de destinação correta dos resíduos sólidos produzidos pelos municípios acreanos.

A reunião, que ocorreu na manhã desta segunda-feira (18), foi conduzida pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, que também é o presidente do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Acre (CINRESOAC), e contou com a participação de representantes de órgãos de controle e instituições ambientais, como o promotor de Justiça, Luiz Henrique Rolim, representantes do Tribunal de Contas, do Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) e do secretário-geral do consórcio, Emerson Leão.

O prefeito avaliou a reunião como produtiva e decisiva, especialmente por reunir representantes do Governo do Estado, da AMAC, do consórcio, do Ministério Público e de órgãos ambientais. O gestor municipal e presidente do Consórcio destacou que a capital acreana está num estágio avançado nas ações e já tem soluções encaminhadas para os problemas relacionados ao lixo, a água e ao esgoto, mas enfatizou que a realidade dos demais municípios exige alternativas imediatas.

“O Consórcio foi criado justamente para encontrarmos soluções para a correta destinação dos resíduos sólidos, o que a gente vê é que todos que são apoiados pelo consórcio estão procurando uma alternativa e apresentando propostas para que a gente possa ter ações para os 21 municípios. A exemplo de Rio Branco, queremos todos os 21 municípios acreanos com o projeto de descarte dos resíduos sólidos sendo executado de forma correta e definitiva”, esclareceu o gestor.

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O representante do Ministério Público, promotor Luiz Henrique Rolim ressaltou que o MPAC vem acompanhando de perto as discussões e considera fundamental que os municípios participem efetivamente do consórcio, inclusive com o pagamento das contribuições devidas.

“É uma reunião importantíssima, a gente acompanha e apura as situações, a gente faz com que as coisas fiquem mais claras, e até mesmo a gente traça, como foi apresentado aqui, algumas ideias, algumas atividades, algumas ações que tem que ser tomadas sempre em prol de conseguir com que a solução do tratamento dos resíduos sólidos chegue para todo o estado”, comentou o promotor.

O secretário de Meio Ambiente do Acre, Leonardo Carvalho, reforçou o compromisso do Estado na busca por soluções estruturais e sustentáveis. Ele explicou que o governo, por meio da Secretaria de Planejamento e em parceria com órgãos ambientais, vem apoiando o consórcio na elaboração de estudos, fiscalização e busca de financiamentos para projetos que visam a erradicação dos lixões no Acre.

“O Estado do Acre é parceiro e tem ajudado na coordenação, principalmente na elaboração desse plano, e nos estudos para ver qual é a melhor solução e buscando também financiamento para que a gente passe essa agenda de destinação dos resíduos sólidos, acabar com os lixões. A população das cidades precisa ter um bom saneamento e isso é muito importante e a gente está muito preocupado com isso e está apoiando essas iniciativas, enfatizou o secretário estadual.

O projeto prevê que os resíduos de municípios próximos a Rio Branco sejam encaminhados à Unidade de Tratamento de Resíduos da capital (UTRE), enquanto regiões mais distantes, como Cruzeiro do Sul, avançam em iniciativas de coleta seletiva por meio de cooperativas. Já os municípios isolados devem adotar soluções alternativas, como usinas locais de tratamento.

“Então, pelo menos, a gente está vendo que já tem iniciativas agora para dar solução em definitivo, talvez em um tempo médio. Porque até então, como o próprio Ministério informou aqui, só se falava: há 30 anos isso aí rola, e não se resolveu nada, mas que agora, sim, através da AMAC, que criamos o consórcio, agora sim nós estamos partindo para uma solução”, finalizou o presidente do Consórcio.