Geraldo Martins e Aparecida Pereira de Melo Santos têm origens diferentes, mas um mesmo objetivo, aprender mais sobre as abelhas-sem-ferrão e aplicar esse conhecimento em suas propriedades. Ele, jardineiro. Ela, agricultora da Estrada dos Periquitos. Os dois estiveram entre os participantes do segundo dia do 1º Workshop da Amazônia Ocidental sobre Meliponicultura com foco em produção sustentável, realizado neste sábado (2), na propriedade Agrotropical Amazônia, na estrada do Belmont em Porto Velho.
“Já tenho uma caixa de marmelada, e esse tipo de evento só fortalece o que a gente aprende na prática. Essa troca de conhecimento é muito importante para nós produtores”, afirmou Aparecida, entusiasmada com o conteúdo apresentado durante o encontro.
Para Geraldo, o contato direto com diferentes espécies e com os especialistas abriu novas possibilidades. “Eu sempre gostei de abelha, mas conhecer de perto essas espécies sem ferrão e entender os benefícios me animou muito”, contou.
Segundo o secretário da Semagric, Rodrigo Ribeiro, o evento foi pensado como uma ferramenta de estímulo à meliponicultura na capital. “A ideia é fomentar essa atividade que é sustentável, produtiva e que pode gerar renda de forma simples e eficiente, principalmente para os pequenos produtores”, destacou.
Durante o sábado, os participantes conheceram na prática o trabalho do agroflorestor Tino Alves, proprietário da Agrotropical Amazônia. A propriedade, referência em práticas agroecológicas, é conduzida sob o sistema de permacultura, o que permite um uso mais equilibrado dos recursos naturais, alinhando preservação ambiental e produção.
O gerente de assistência técnica da Semagric, Roseval Guzo, reforçou a importância de capacitar e orientar os produtores para o manejo correto. “A criação de abelhas sem ferrão é uma atividade acessível, mas que exige conhecimento técnico. Esse tipo de evento ajuda a evitar erros e incentiva a produção sustentável”, pontuou.
O Workshop reuniu apicultores, meliponicultores, fruticultores, cafeicultores e interessados em geral na criação de abelhas nativas sem ferrão. Além de palestras e rodas de conversa, os participantes tiveram contato direto com colmeias e espécies como uruçu-amarela, jataí e mandaçaia, entre outras, em um ambiente que alia conhecimento técnico e vivência prática.
Texto: Jean Carla Costa
Foto:Jean Carla Costa
Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)