O comércio acreano está sendo bem representado e criando laços com o exterior na edição de 50 anos da Expoacre. O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), deu abertura à exposição de produtos oriundos do Peru e Bolívia, além das atividades de rodadas de negócios trinacionais.
O primeiro contato do grupo foi realizado em parceria com a Agência de Negócios do Acre (Anac), a Federação das Indústrias (Fieac) e a Associação Comercial (Acisa), no Salão de Negócios e Integração do Espaço Indústria, nessa terça-feira, 29. A partir desta quarta-feira, 30, o público visitante da maior feira de agronegócio do território pode conferir os produtos vindos dos países vizinhos.
De acordo com o titular da Seict, Assurbanípal Mesquita, esse momento representa uma grande conquista para a indústria acreana. Segundo ele, a integração com os países vizinhos estimula o desejo da proposta de transformar o Acre na principal rota de conexão do Brasil com o Peru e o Pacífico.
“A importância desse evento reflete uma ação de integração comercial, tendo em vista que o Acre está buscando exportar produtos para o Peru, Bolívia e para a Ásia, além de outros países. É sempre importante haver essa troca. Nós vendemos produtos para eles e eles nos vendem. Nosso desejo é que o Acre seja a porta de entrada desses produtos”, destacou Assurbanipal.
As rodadas continuam até sábado, 2, e envolvem novos segmentos e mesas de debate sobre a Rota de Integração Sul-Americana, também conhecida como Quadrante Rondon, que conecta Mato Grosso, Rondônia e Acre aos portos do Pacífico em Peru e Bolívia. O objetivo da integração é reduzir custos logísticos e ampliar a competitividade dos produtos brasileiros.
A presidente da Anac, Waleska Bezerra, reforçou que a principal função da autarquia é captar esses parceiros que possuem interesse em colaborar com o mercado acreano.
“A intenção desse momento é mostrar esses produtos vindos do Peru e Bolívia aos empresários acreanos para que eles conheçam e a gente possa fazer negociações de exportações”, contou Waleska.
Além de movimentar a economia local com as diversas vendas que ocorrem dentro do Parque Wildy Viana, a Expoacre também atua na movimentação estrutural do comércio, realizando a integração produtiva entre diversos países da América Latina.
A cada acordo concretizado entre diferentes nações, o Acre se posiciona mais firmemente como ponte logística. A expectativa é que esta edição da feira, além de ser a maior em público, seja o principal ponto de encontro com interesses de relações internacionais voltadas à indústria.
Pedro Juan Calizaya é gerente da empresa Ramas, baseada em Moquegua, no sul do Peru. Para ele, participar da Expoacre marca um momento de muito impacto para sua vida pessoal e profissional.
“Sinto-me muito feliz e grato por estar aqui pela primeira vez. Essas trocas comerciais precisam acontecer. É uma experiência nova, mas muito importante para todos nós produtores do Peru. Fomos convidados pelos membros desta instituição e estamos conhecendo empreendedores e mostrando nossos produtos”, afirmou Pedro.
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