Poronga, cabrita e balde coletor são alguns dos itens que têm chamado a atenção na Casa do Seringueiro, um atrativo especial montado pela Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (Sete), na 50ª Edição da Expoacre. O espaço, que reproduz a moradia típica do extrativista da borracha, lembra modos de vida durante os ciclos da borracha, entre os séculos XIX e XX, despertando nostalgia e curiosidade em quem passa por lá.
Gabrielle Oliveira, gestora de Recursos Humanos que visitava a feira, relembrou as memórias de família ao ver o balde que carregava o leite da seringueira e a poronga que era usada como meio de iluminação: “Eu acho muito interessante por causa dos meus avós, eles tinham o costume de trabalhar com o processo da borracha. Acho interessante toda a questão da criação de algumas coisas do Acre em si. São materiais que a gente não tem costume de ficar observando, mas é bastante interessante”.
Adalgisa Bandeira, chefe da Divisão de Promoção e Destinos Turísticos da Sete, detalhou os elementos que compõem a Casa do Seringueiro. “Aqui está representando a moradia de seringueiro. Nós podemos encontrar o jirau, que toda casa de seringueiro tem, com suas panelinhas. Tem as peneiras e tem uma tarrafa [de pesca] se ele for ribeirinho”, explicou.
Além disso, o espaço conta com objetos do dia a dia do casal do seringueiro, como o ferro de passar, a cabrita que é a faca de corte da seringueira, um rádio de pilha para acompanhar a programação em locais sem energia elétrica, e a tradicional poronga, usada pelos seringueiros como meio de iluminação durante o período noturno.
Um dos itens que mais chamam a atenção dos visitantes são as sementes de seringueira. “Muita gente ainda não tinha ouvido falar em semente de seringueira, né? E eles não conheciam como era a semente da seringueira. Mas hoje eles tiveram a oportunidade de conhecer, de pegar, de ver como é a semente”, ressaltou Adalgisa.
Segundo Adalgisa, o retorno do público tem sido bastante positivo e muitos visitantes se emocionam ao relembrar suas raízes. “Alguns, quando se lembram da casa da avó, dizem assim: ‘A casa da minha avó era desse jeito, o piso da casa dela era assim, ela tinha um jirau, tinha as panelinhas penduradas’. Então, assim, dá aquela nostalgia do pessoal que hoje mora na cidade, mas tem as suas raízes no interior. Isso aqui evoca essas lembranças”, afirmou.
Além disso, a chefe da Divisão de Promoção e Destinos Turísticos reforça o objetivo da iniciativa: “Nós estamos aqui para fazer isso, para manter viva essa memória, porque atrai o turista. O turista gosta de entrar em contato com a cultura local, e nós temos essa cultura seringueira. A Casa do Seringueiro, ela faz parte da nossa cultura, está muito presente no nosso imaginário”.
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