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Mais do que um desafio, uma vocação. É dessa forma que a professora Maria Cleilde Nunes da Silva vê o mundo quando está à frente dos seus alunos na escola Orvalho da Floresta, localizada no ramal Cachoeira, cuja entrada está na altura do km 55 da rodovia AC-090 (Transacreana).
Ela é uma das professoras que está participando, até esta sexta-feira, dia 1º de agosto, da 2ª Jornada Pedagógica para professores de Rio Branco que atendem ao programa Caminhos da Educação do Campo, cuja abertura foi realizada nesta segunda-feira, 28, no auditório da Escola Maria Moreira da Rocha.
Maria Cleide leciona há 11 anos. Os dois primeiros foram dedicados a ensinar crianças do ensino fundamental, anos iniciais, na escola Uirapuru, próxima à Orvalho da Floresta. “Quando eu me formei, fui logo ministrar aulas na comunidade e estou lá até hoje”, faz questão de contar.
Ela é formada em pedagogia. À época, escolheu o curso porque sua pontuação não era suficiente para passar em odontologia, curso que imaginava fazer inicialmente. “No início eu não gostava muito, mas depois passei a gostar e hoje eu amo o meu trabalho, a gente vai se descobrindo”, revela.
Na formação pedagógica, cujo objetivo central é fortalecer as orientações relacionadas aos componentes da formação básica e também trabalhar os itinerários formativos, a professora Maria Cleilde não está sozinha. O professor Vilton Costa Brandão também participa da formação.
Ele é responsável pela escola Novo Paraíso, localizada no km 7 da BR-364, no Belo Jardim III. Como pedagogo, ele leciona para turmas do quarto e quinto anos do ensino fundamental, anos iniciais. Ele conta que escolheu a pedagogia por amor à profissão.
“Quando eu ainda era aluno já pegava o quadro e rabiscava, já me identificava desde aquele momento como um professor e eu gosto de trabalhar com crianças, me identifico, porque tanto a gente ensina quanto a gente aprende todos os dias”, faz questão de dizer.
Ele não mora na comunidade. Quando foi ser professor a escolheu por ser o local mais próximo de sua casa. “Eu moro na Vila Pia, no km 52 da BR-317, mas eu gosto da comunidade, faço questão de fazer visita aos pais e também à própria igreja”, diz. Da formação que está participando espera novas aprendizagens, troca de conhecimentos e experiência voltada à parte pedagógica a fim de aplicar em sala de aula.
A professora Maria Clara Geraldo Siqueira, que é chefe do Departamento de Educação do Campo da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), disse que a 2ª Jornada Pedagógica trata-se de um momento muito esperado, no qual o professor vem com a expectativa de troca de experiência e também de novos aprendizados.
“Então, nós fizemos uma semana inteira de jornada porque, além dos conteúdos, tem a orientações e os componentes da formação básica, sem falar que teremos várias palestras, de psicologia, de direitos humanos e também sobre educação especial, teremos todas essas temáticas”.
A formação, ainda segundo ela, estará voltada para os professores da rede estadual e para aqueles que trabalham em escolas de difícil acesso dentro do programa Caminhos da Educação do Campo. “Então esses professores vêm, ficam a semana toda, porque não têm como voltar para a escola e têm essa troca de experiência”, enfatizou.
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