Na segunda noite da maior feira de agronegócios do Acre, realizada em Rio Branco, a Expoacre 50 anos contou com a participação do Centro Axé Capoeira do Acre, que se apresentou neste domingo, 27, no estande da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) com danças de capoeira, frevo, samba reggae e outros ritmos.

O grupo levou ao palco mais de 30 crianças, adolescentes e adultos fazedores de cultura no Acre, marcando a força das organizações da sociedade civil (OSCs) na formação e fortalecimento da comunidade.

O coordenador do Centro Axé Capoeira, Ithamar Souza, informou que o grupo surgiu da necessidade de criar um espaço comunitário que atendesse a diversos bairros da região da Baixada da Sobral. “O centro está localizado entre os bairros Boa União, João Paulo, São Sebastião, Sobral, Cabreúva, Bom Sucesso, Bahia Nova e também Carandá. Nosso objetivo é agregar crianças em situação de vulnerabilidade social, tanto as que estão na escola como aquelas que precisam ocupar seu tempo de forma produtiva no contraturno escolar”, explicou.

Representando a vice-governadora Mailza Assis, a secretária adjunta Amanda Vasconcelos destacou a importância da presença das instituições sociais na celebração dos 50 anos da Expoacre, ao lado da SEASDH.

“Com o Axé Capoeira, evidenciamos a importância da infância e da adolescência. As atividades vão além de uma arte marcial: são uma expressão cultural, uma dança que transforma vidas na comunidade. O reflexo disso é perceptível no cotidiano das crianças, e os relatos demonstram o sucesso dessas ações”, avaliou.

A aluna Cristina Raquel da Silva afirmou que é uma honra participar do espetáculo no estande da secretaria. “Como representante da dança, me sinto muito orgulhosa de poder mostrar um pouco da nossa cultura e do trabalho que realizamos na Baixada, para que todos conheçam. A capoeira não é apenas capoeira, ela engloba outras expressões, como a dança”, destacou.

A estudante Araceli do Nascimento, que faz parte do grupo há três anos, reforçou o valor da participação na feira. “É maravilhoso, porque além de ser algo saudável física e mentalmente, é uma atividade que transborda alegria e traz muita satisfação para o corpo e para a mente. Estar aqui é um privilégio. O grupo está bem organizado e satisfeito em realizar essas apresentações”, disse.

Alimentação adequada

Além das apresentações culturais, a noite contou com a presença das representantes da Cozinha Solidária Marielle Franco, que demonstraram à população o trabalho desenvolvido em parceria com o governo do Estado, para a melhoria da segurança alimentar e nutricional no Acre.

A coordenadora da Cozinha Solidária, Joyce Vieira, ressaltou: “Fico muito feliz por estar aqui hoje. Vim participar da divulgação das nossas ações, representadas pela nossa vice-governadora, que é uma pessoa com um coração gigante. Ela firmou uma parceria com a nossa cozinha no valor de R$ 120 mil no ano passado, o que foi de imensa importância. Graças a esse apoio, conseguimos servir mais de cem mil marmitas, e esse fomento será renovado neste ano também”.

Atualmente, duas unidades da Cozinha Solidária estão em funcionamento: uma no bairro Defesa Civil e outra no Bairro da Paz, com uma distribuição de mais de 400 marmitas por dia, o que representa cerca de nove mil por mês.

Amanda Vasconcelos reforçou que a ação é essencial para pessoas que não têm acesso a uma refeição completa diariamente. “A Cozinha Solidária se dedica a atender a comunidade com dignidade, e é uma alegria receber as representantes desse projeto aqui hoje, pois é uma amostra concreta do trabalho da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos no dia a dia”, realçou.

A expectativa é de que uma terceira unidade da Cozinha Solidária seja inaugurada em breve no bairro Eldorado, em Rio Branco, ampliando o alcance do projeto no estado.

A coordenadora do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional da SEASDH, Nilciany Vilaço, destacou o impacto social da iniciativa: “Estamos trabalhando com o termo de fomento desde 2023, uma parceria que busca garantir o direito à alimentação nos territórios mais vulneráveis, onde vivem famílias inscritas no Bolsa Família e no Cadastro Único. Essa ação é extremamente importante, pois fortalece as políticas de combate à fome no Acre”.

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