Buscando fortalecer o agronegócio no território acreano, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), implementou o Programa de Construção de Tanques, iniciativa que tem beneficiado, principalmente, pequenos produtores. Em 2024, o projeto dedicou 2.243,8 horas-máquina à construção de tanques no Baixo Acre, alcançando diretamente 264 agricultores. Para 2025, com a ampliação da capacidade operacional, a meta é ultrapassar 2.500 horas-máquina e atender cerca de 350 criadores.
A iniciativa se mostra especialmente estratégica diante do cenário de mudanças climáticas enfrentado em todo o mundo. Com o agravamento das emergências ambientais, muitos agricultores têm priorizado a construção de tanques e açudes para armazenamento de água, em detrimento da piscicultura, que antes era o foco principal dessas estruturas. Atenta a esse novo contexto, a Secretaria está conduzindo estudos para a implementação de políticas públicas voltadas à gestão hídrica e à adaptação das atividades agrícolas aos impactos climáticos.
“Construímos vários tanques na região de Rio Branco e no interior para o nosso produtor armazenar água, porque tem produtor que não tem nem para beber. E, por exemplo, nós estamos apostando em diversas produções que precisam de irrigação, senão a gente atrasa demais”, afirma o titular da Seagri, José Luis Tchê.
Neste ano, um total de 20 açudes já foram feitos por meio do Programa de Construção de Tanques. Dessa forma, beneficiando também 20 produtores e de nove municípios do Baixo Acre. Com essa iniciativa, o governo do Estado reforça o cuidado com os pequenos agricultores.
A Seagri optou por não padronizar as dimensões dos tanques construídos, adotando uma abordagem personalizada que leva em consideração as características específicas de cada propriedade. O dimensionamento é feito a partir de critérios técnicos, como o tipo de peixe cultivado, tecnologia utilizada, escala de produção, tamanho da propriedade, densidade de estocagem, manejo, tipo de alimentação, qualidade da água e oxigenação.
Além disso, a pasta ressalta que todo o processo segue as boas práticas recomendadas pela Embrapa e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), garantindo qualidade e sustentabilidade aos projetos.
A atuação da Secretaria se estende por todo o estado, com as ações de mecanização agrícola sendo realizadas conforme a demanda e o planejamento estratégico. No entanto, o maior volume de atendimentos em 2024 foi registrado no Baixo Acre, com uma distribuição equilibrada dos recursos e serviços entre as comunidades da região.
Para garantir a transparência e a efetividade das ações, a Seagri exige o cumprimento de requisitos operacionais básicos, como o requerimento formal assinado pelo produtor, a realização de visita técnica à área, apresentação da documentação necessária e o pagamento do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), com subsídio nas horas-máquina.
O Estado reafirma seu compromisso com o fortalecimento das cadeias produtivas rurais e com a construção de um setor agrícola mais resiliente e sustentável. A pasta segue à disposição dos produtores e da sociedade para esclarecimentos e novos projetos em prol do desenvolvimento do campo acreano.
“É uma coisa que o nosso produtor e a produtora realmente ficam satisfeitos. A participação deles no programa é extremamente importante, porque com a estrutura que nós estamos recebendo agora, de emenda parlamentar, eu tenho certeza que conseguiremos mais equipamentos, e conseguindo esses maquinários novos pequenos produtores rurais serão beneficiados”, reforça Tchê.
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