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Com sabor e cultura, Junina Manguaça promete envolver público ao abordar trajetória da cachaça como símbolo de festas populares

Cachaça e tradição dão o tom à apresentação da tradicional Junina Manguaça, de Sena Madureira, uma das 15 participantes do 23º Concurso Estadual de...

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Acre
25/06/2025 às 11h32
Com sabor e cultura, Junina Manguaça promete envolver público ao abordar trajetória da cachaça como símbolo de festas populares
Foto: Reprodução/Secom Acre

Cachaça e tradição dão o tom à apresentação da tradicional Junina Manguaça, de Sena Madureira, uma das 15 participantes do 23º Concurso Estadual de Quadrilhas do Acre. O evento começou na terça-feira, 24, e segue até o domingo, 29, na Gameleira, em Rio Branco, durante o Arraial Cultural e o grupo está com a apresentação marcada para esta quarta-feira, 25 de junho, às 21h.

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O grupo vencedor da disputa estadual representará o Acre na etapa nacional. A Manguaça, que reúne cerca de 60 integrantes, promete surpreender o público ao celebrar uma das identidades mais marcantes das festividades populares.

Grupo de Sena Madureira vai apostar na história da cachaça como símbolo de festas populares. Foto: Cedida
Grupo de Sena Madureira vai apostar na história da cachaça como símbolo de festas populares. Foto: Cedida

‘Dos engenhos aos arraiais: a cachaça que nos atrai’

“A escolha do tema surgiu do desejo de resgatar elementos históricos e culturais que fazem parte da identidade brasileira. A cachaça, símbolo das festas populares e das raízes rurais, é homenageada por meio de uma abordagem criativa e envolvente, que une história, dança e teatralidade”, explica Otalício Almeida, coordenador-geral da Quadrilha Junina Manguaça.

Grande parte dos membros participa diretamente das apresentações, atuando nos setores de dança, apoio, cenografia e produção. Com 17 títulos municipais em seu currículo, a junina é a atual campeã do concurso municipal de quadrilhas de Sena Madureira, reforçando seu compromisso com a tradição.

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Junina Manguaça é o principal grupo cultural do segmento em Sena Madureira. Foto: Cedida
Junina Manguaça é o principal grupo cultural do segmento em Sena Madureira. Foto: Cedida

Fundação e papel social

A Quadrilha Junina Manguaça foi fundada em 30 de junho de 1999 por um grupo de amigos que integrava a banda marcial Bamberg, da Escola Guttemberg Modesto da Costa, em Sena Madureira. Movidos pelo desejo de preservar e celebrar as tradições populares, criaram o grupo, que hoje é uma das mais importantes manifestações culturais do município e do estado.

Desde então, a Manguaça atua como um espaço de acolhimento, inclusão e transformação social, impactando diretamente a vida de mais de 80 pessoas por meio da arte, dança e convivência comunitária. O grupo promove a quebra de preconceitos e valoriza a diversidade, sendo reconhecido por seu caráter acolhedor e inclusivo. Independente de classe social, religião, orientação sexual, identidade de gênero ou etnia, todas as pessoas são incentivadas a participar.

“A Manguaça realiza projetos culturais financiados por leis de incentivo, como a Aldir Blanc e a Paulo Gustavo, garantindo o acesso à arte na comunidade. Além disso, o grupo se mantém unido por laços familiares e histórias emocionantes: famílias inteiras participam da quadrilha, e antigos moradores fazem questão de desfilar todos os anos, mantendo viva a chama da cultura”, ressalta Almeida.

Desde 1999, Junina Manguaça mantém projeto social e movimenta economicamente a cidade de Sena Madureira. Foto: Cedida
Desde 1999, Junina Manguaça mantém projeto social e movimenta economicamente a cidade de Sena Madureira. Foto: Cedida

Um espetáculo construído com dedicação

O grupo viabiliza suas apresentações por meio de rifas, arraiais comunitários e projetos culturais. Toda a estrutura, figurino e ornamentação é fruto do esforço coletivo e do amor pela arte.

“O arraial é mais do que entretenimento. É resistência cultural e afirmação identitária. Preserva costumes, valoriza saberes populares e oferece espaço para o protagonismo da juventude e das comunidades. A Manguaça entende o festejo como um ato político e cultural”, destaca o coordenador.

Além de fomentar a economia criativa, a quadrilha fortalece o comércio local, ao contratar costureiras, artesãos, coreógrafos, aderecistas e técnicos, promovendo a circulação de renda e incentivando o setor cultural do município.

Para “o grande dia”, o grupo promete emoção, tradição e uma performance vibrante, garantindo um dos espetáculos mais aguardados do ano. “Podem esperar uma história contada com paixão e talento. A Manguaça entra em cena para encantar, surpreender e honrar suas raízes com um espetáculo grandioso”, afirma Otalício Almeida.

Arraial Cultural vai reunir grupos de nove cidades, que disputam o prêmio estadual do concurso das quadrilhas. Foto: Cedida
Arraial Cultural vai reunir grupos de nove cidades, que disputam o prêmio estadual do concurso das quadrilhas. Foto: Cedida

A força das festas juninas

As festividades juninas têm grande impacto na capital acreana. Segundo a pesquisa Cultura nas Capitais , divulgada em junho e promovida pela JLeiva Cultura & Esporte, com patrocínio do Banco Itaú, Fundação Itaú e Instituto Cultural Vale, 28% dos moradores de Rio Branco consideram a festa junina o evento cultural mais relevante da cidade. O número supera mesmo a Expoacre, a tradicional feira agropecuária estadual, mencionada por 16% dos entrevistados.

A celebração movimenta diversos setores da economia e envolve grupos de nove cidades: Rio Branco, Plácido de Castro, Sena Madureira, Porto Acre, Tarauacá, Brasileia, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul, na disputa do título estadual na Liga de Quadrilhas Juninas do Acre (Liquajac).

Em reconhecimento à relevância cultural do movimento, o governo do Acre oficializou diversas quadrilhas juninas como patrimônio cultural estadual . Em março deste ano, também concedeu ao Instituto Junina Pega-Pega o título de entidade de utilidade pública, fortalecendo ainda mais a tradição.

“A valorização, por meio de políticas públicas e editais culturais, não é apenas um reconhecimento, mas uma necessidade para que o movimento continue transformando vidas e fortalecendo a cultura popular no interior do estado”, avalia Almeida.

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