Foi dada a largada ao Arraial Cultural 2025 na noite desta terça-feira, 24, no Calçadão da Gameleira, em Rio Branco. Com o intuito de manter vivas as tradições e a cultura nordestinas e nortistas, a festa também marca um momento de grande importância para a população: o 23º Concurso Estadual de Quadrilhas Juninas. Os grupos Arriba Saia e Explosão Junina deram início às atrações.
As quadrilhas foram reconhecidas como patrimônio histórico-cultural do Acre. Por conta disso, a introdução da competição no Arraial Cultural representa um novo momento para os membros dos grupos, que estão situados em todas as regiões do território, seja na capital ou interior.
Para marcar a ocasião e valorizar a cultura popular, o governador Gladson Camelí sancionou a Lei nº 4.599 , que cria o Dia do Quadrilheiro Junino, a ser comemorado anualmente em 1º de junho. “Isso mostra o compromisso do Estado com todos que fazem cultura no Brasil e no Acre, e reforça ainda mais nossa dedicação a eventos como este. Para que, a cada ano, possamos criar condições, não apenas na capital, mas também nos demais municípios do interior, para que esses grupos possam se apresentar e nos representar da melhor forma possível”, argumentou.
Além disso, o presidente da Fundação Elias Mansour (FEM), Minoru Kinpara, deixou um pedido: “Está tudo muito bonito. O que a gente precisa? A presença da população. Isso foi feito com muito carinho e amor, atendendo à solicitação do nosso governador, para a família. Venham, vocês que vão trazer brilho, alegria e magia para essa festa tão linda do Acre”.
Com 50 integrantes, a quadrilha Arriba Saia foi a primeira a se apresentar na noite de estreia do concurso. A performance encantou o público com figurinos vibrantes, coreografias cheias de energia e um enredo carregado de emoção. A participação na competição marca o retorno dos quadrilheiros ao palco, após um período de hiato causado pela pandemia de covid-19.
Segundo o presidente e coreógrafo do grupo, Alef Correia, cada passo coreografado representa um ato de resistência cultural, carregado de significado. Correia ressalta que o trabalho da quadrilha vai muito além da dança: é uma forma de manter vivas as tradições populares, reforçando a importância de valorizar as raízes do povo nortista.
Clara Palmira é a rainha da Arriba Saia: “Muito feliz por representar Brasileia e por dançar nessa quadrilha maravilhosa, com pessoas incríveis. Cada um aqui se dedicou todo santo dia da semana. Foi só um mês de ensaio, mas foi maravilhoso. Nos entregamos de verdade e estamos confiantes no resultado”.
Fundada em 2019, na Vila Campinas, em Plácido de Castro, a quadrilha Explosão Junina surgiu do desejo de manter vivas as tradições das festas de São João e de fortalecer a cultura popular. Desde sua criação, o grupo se dedica à arte e à valorização das manifestações tradicionais, promovendo a identidade do povo acreano por meio da dança, música e encenação. Nesta terça-feira, a junina protagonizou a segunda apresentação da noite.
No dia 10 de março de 2025, a quadrilha Explosão Junina foi oficialmente reconhecida como Patrimônio Cultural do Estado do Acre, pela Lei nº 4.530/2024, proposta pelo deputado estadual Pedro Longo e sancionada pelo governador Gladson Camelí.
O rei da Explosão Junina, Melke Zedeke, destacou após a apresentação, que, mesmo com eventuais imprevistos, os dançantes se mantêm esperançosos e confiantes no resultado.
“O coração agora está um pouco mais relaxado, porque entregamos o trabalho que estávamos esperando. Algumas coisas não saíram de acordo com o planejado, mas é coisa de apresentação, acostumamos com isso. Estamos bem esperançosos”, relatou.
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