As artes continuam ocupando um lugar de destaque na educação municipal de Porto Velho. As aulas no Centro Municipal de Arte e Cultura Escolar (CMACE) Jorge Andrade seguem com mais de 800 alunos envolvidos em atividades que estimulam o aprendizado musical, cultural e social.
Com 36 anos de história, a unidade é uma das mais tradicionais da capital e oferece estrutura de qualidade, acervo próprio de instrumentos e uma equipe de instrutores altamente qualificada, muitos deles, ex-alunos da própria escola.
Atualmente, o CMACE Jorge Andrade atende 805 alunos, distribuídos entre os turnos da manhã (167), tarde (272), noite (366) e um grupo especial com 14 alunos laudados. Entre as modalidades oferecidas estão violão, guitarra, piano, teclado, saxofone, contrabaixo, bateria, violino, violoncelo, flauta, clarinete, além de canto coral e participação na banda musical da unidade.
O diferencial da escola está na qualidade do ensino, estrutura física ampla, na diversidade de instrumentos musicais disponíveis e, principalmente, no engajamento dos professores e coordenadores, que têm trajetória sólida na educação artística.
“O ensino do violão vai muito além da técnica musical. Ele estimula a cognição, a percepção, reduz a ansiedade e melhora a concentração das crianças. Tudo isso contribui diretamente para o desempenho em disciplinas como português e matemática”, destaca o professor Bado, que atua como instrutor e compositor, e é um dos nomes mais antigos da unidade.
A professora Raquel Cabral, formada em piano, com 23 anos de atuação no CMACE, ressalta que o piano é um dos instrumentos mais completos no desenvolvimento motor e cognitivo. “O piano exige o uso simultâneo das duas mãos, o que estimula o cérebro. Há dois anos, implantamos um projeto pioneiro de ensino em grupo, que ensina tanto o piano quanto o teclado, com excelentes resultados”, explica Raquel, que também foi aluna da unidade.
Já o professor Dirceu Lius, regente e com ampla formação em canto coral, incluindo passagem pela Escola de Belas Artes de Curitiba, lembra que a prática do coral desenvolve a sensibilidade, a disciplina e também fortalece a autoestima dos alunos. “O coral é uma arte coletiva. Ele une vozes, mas também reúne instrumentistas e abre espaço para a percussão, o piano e o violão. É um ambiente que promove a integração artística e social”, pontua o professor.
Coordenador pedagógico da unidade, Ozeias Rodrigues, diz que a unidade ofercer mais de 11 modalidades artísticas. "As entradas de novos alunos ocorrem semestralmente, por meio de chamamento público".
A diretora Rosicleia Barbosa destaca o esforço coletivo da equipe para garantir um atendimento de qualidade à comunidade: “Estamos aqui para servir. A escola está aberta das 7h30 às 22h, com uma equipe dedicada e atenta às necessidades dos alunos e seus familiares. Atendemos três linguagens artísticas: música, ballet e teatro. Cada detalhe das aulas e eventos é pensado com carinho e compromisso com a educação”.
Para o vice-diretor Marielson Lopes, a presença da arte na rotina dos estudantes vai além do aprendizado musical. “Cada acorde tocado representa mais do que aprendizado: representa novas oportunidades, autoestima elevada e o despertar de sonhos por meio da arte”, afirma.
INSCRIÇÕES
O CMACE Jorge Andrade é apenas uma das unidades da rede municipal de ensino artístico. A Prefeitura de Porto Velho também conta com outras importantes escolas como os CMACE Laio, na zona Sul, e CMACE Som na Leste, na zona Leste, que juntos fortalecem o ensino cultural na capital.
Um novo chamamento público está previsto para julho, com vagas abertas para o segundo semestre. As inscrições serão destinadas a crianças entre 5 e 10 anos, que estejam regularmente matriculadas na rede municipal de ensino, além de adultos a partir de 17 anos. O processo seletivo seguirá os critérios estabelecidos em edital e será divulgado nos canais oficiais da Prefeitura.
Texto:Jhon Silva
Foto:Jhon Silva
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)