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Saúde do Acre capacita profissionais para novo protocolo de tratamento da leishmaniose tegumentar

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), por meio da Divisão de Vigilância Ambiental, promove nesta terça e quarta-feira, 3 e 4, em Rio Branco, u...

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Acre
03/06/2025 às 14h19
Saúde do Acre capacita profissionais para novo protocolo de tratamento da leishmaniose tegumentar
Foto: Reprodução/Secom Acre

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), por meio da Divisão de Vigilância Ambiental, promove nesta terça e quarta-feira, 3 e 4, em Rio Branco, um treinamento voltado ao tratamento intralesional da leishmaniose tegumentar, com foco na prática da aplicação do antimoniato de meglumina diretamente nas lesões.

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As atividades estão sendo realizadas no auditório do Departamento de Formação e Capacitação do Servidor, da Secretaria de Estado de Administração (Sead). O treinamento é direcionado a médicos e enfermeiros das unidades de saúde de todo o estado, além de acadêmicos dos cursos de Medicina e Enfermagem.

Segundo a chefe da Divisão de Vigilância Ambiental da Sesacre, Eliane Costa, a ação representa um avanço importante no enfrentamento da doença no estado. “Essa ação é inovadora, capitaneada pelo Ministério da Saúde, e agora estamos trazendo aos nossos profissionais de saúde para que possam oferecer um atendimento mais qualificado à população, com diagnósticos mais precisos e tratamentos mais rápidos”, destaca.

Treinamento é direcionado a médicos e enfermeiros das unidades de saúde de todo o estado. Foto: Luan Martins/Sesacre
Treinamento é direcionado a médicos e enfermeiros das unidades de saúde de todo o estado. Foto: Luan Martins/Sesacre

A leishmaniose tegumentar é causada pelo protozoário Leishmania , encontrado em pequenos mamíferos e em áreas de mata, tanto rurais quanto urbanas. A transmissão ocorre por meio da picada do mosquito-palha, que se prolifera em ambientes úmidos, sombreados e com vegetação densa. Embora o ser humano possa ser infectado, não é considerado um reservatório importante da doença.

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De acordo com a responsável técnica pela leishmaniose na Sesacre, Carmelinda Gonçalves, o novo protocolo traz uma mudança significativa no tratamento da doença. “Esse processo é inovador porque, até então, o tratamento da leishmaniose era exclusivamente sistêmico, com duração de 20 a 30 dias. Agora, com a técnica intralesional, é mais rápido, com duração de apenas três a cinco aplicações, e com menos contraindicações”, explica.

A aplicação intralesional consiste na injeção direta do medicamento na lesão cutânea. A resposta terapêutica costuma ocorrer entre uma e três sessões, com reavaliação do paciente após cada aplicação. A técnica oferece maior praticidade e facilita a adesão ao tratamento, contribuindo para melhores índices de cura.

Novo protocolo representa mudança significativa no tratamento da doença. Foto: Luan Martins/Sesacre
Novo protocolo representa mudança significativa no tratamento da doença. Foto: Luan Martins/Sesacre

Quais os sintomas da leishmaniose tegumentar?

Os sintomas da leishmaniose tegumentar são lesões na pele e/ou mucosas. As lesões de pele podem ser únicas, múltiplas, disseminadas ou difusas. Apresentam aspecto de úlceras, com bordas elevadas e fundo granuloso, geralmente indolor. As lesões mucosas são mais frequentes no nariz, boca e garganta.

Prevenção

A prevenção da leishmaniose tegumentar se dá por meio do combate ao inseto transmissor. É possível mantê-lo longe, especialmente com o apoio da população, no que diz respeito à higiene ambiental, como indicam as orientações abaixo:

  • Limpeza periódica dos quintais, retirada da matéria orgânica em decomposição (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo, locais onde os mosquitos se desenvolvem).
  • Destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir o desenvolvimento das larvas dos mosquitos.
  • Limpeza dos abrigos de animais domésticos, além da manutenção de animais domésticos distantes do domicílio, especialmente durante a noite, a fim de reduzir a atração dos flebotomíneos para dentro do domicílio.
  • Uso de inseticida (aplicado nas paredes de domicílios e abrigos de animais). No entanto, a indicação é apenas para as áreas com elevado número de casos, como municípios de transmissão intensa (média de casos humanos dos últimos 3 anos acima de 4,4), moderada (média de casos humanos dos últimos 3 anos acima de 2,4) ou em surto de leishmaniose visceral.

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