As consequências devastadoras das fortes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul desde a semana passada continuam a se agravar, com 83 mortes já registradas e 364 dos 497 municípios gaúchos afetados. Com 129 mil pessoas deslocadas de suas casas e 20 mil buscando abrigo, a situação é alarmante. O Lago Guaíba, atingindo um recorde histórico, permanece com um nível quatro metros acima do normal, enquanto o Climatempo emitiu um alerta de perigo extremo para o sul do Estado devido à previsão de chuvas intensas e ventos fortes.
A formação de um ciclone extratropical e de uma frente fria aumenta o temor de novas inundações e dificulta os esforços de evacuação, com a previsão de temperaturas baixas exacerbando o risco de hipotermia para aqueles aguardando resgate. O Comando Militar do Sul está acelerando as operações de socorro diante da iminente piora das condições climáticas.
A situação já é considerada a maior tragédia climática da história do estado, com cidades como Cruzeiro do Sul, Gramado, Veranópolis, Caxias do Sul, Lajeado e Santa Maria sofrendo os impactos mais severos. O número de mortos e desaparecidos continua a aumentar, enquanto equipes de resgate enfrentam dificuldades para chegar a áreas isoladas e afetadas por deslizamentos de terra e enchentes.
O governo federal anunciou preocupações adicionais com a chegada de uma frente fria, que pode agravar ainda mais a situação e dificultar os esforços de resposta e reconstrução. As autoridades estão mobilizando todos os recursos disponíveis para prestar assistência às comunidades afetadas e garantir a segurança da população diante das previsões climáticas desafiadoras.
Além dos danos materiais, a tragédia tem um impacto humano profundo, com milhares de famílias perdendo suas casas, entes queridos e meios de subsistência.