Uma mãe em Vilhena, Rondônia, denunciou uma agressão contra seu filho, uma criança de quatro anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), ocorrida em uma escola municipal da região. O incidente levantou preocupações sobre a segurança e o tratamento adequado de crianças com necessidades especiais nas instituições de ensino.
Segundo relatos da mãe, a agressão ocorreu na Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Omar Godoy. A criança foi submetida a uma situação de violência por parte de uma cuidadora, resultando em marcas visíveis no braço do menino, conforme mostrado em vídeos e fotos que circularam nas redes sociais.
A versão apresentada pela escola alega que a cuidadora agiu na tentativa de "proteger" a criança durante uma crise que ocorreu após a retirada de um carrinho que o menino costumava carregar consigo, considerado por ele como um objeto de segurança. A mãe afirmou que já havia orientado a equipe da escola sobre como lidar com as crises do filho, recomendando que o deixassem tranquilo até que ele se acalmasse.
A mãe também destacou que o filho possui a necessidade de ter objetos consigo, como o carrinho, e que a escola já havia manifestado desconforto com isso anteriormente, pedindo a retirada do objeto da criança.
A falta de preparo por parte da equipe escolar para lidar com crianças autistas foi apontada como um dos principais problemas pela mãe, que questionou como uma pessoa sem conhecimento sobre o autismo foi designada para cuidar de seu filho. Ela expressou sua indignação com a resposta da Secretaria Municipal de Educação (Semed), que minimizou a gravidade da situação, descrevendo as marcas no braço da criança como "vermelhidão".
Em resposta às denúncias, a Semed afirmou que irá investigar a conduta da servidora envolvida e se comprometeu a oferecer apoio psicológico tanto para a criança quanto para a mãe. Além disso, atendendo ao pedido da mãe, a criança foi transferida para outra escola.
O caso ressalta a importância de uma abordagem sensível e qualificada para lidar com crianças com necessidades especiais nas instituições de ensino, destacando a necessidade de formação adequada para os profissionais envolvidos nesse cuidado.