A Justiça de São Paulo condenou o pai de santo Laércio José de Oliveira a 3 anos, 1 mês e 10 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de importunação sexual contra cinco mulheres, praticados em um terreiro na zona leste de São Paulo.

Laércio foi acusado de abusar sexualmente de mulheres durante consultas espirituais em 2023. No dia 13 de setembro, a Justiça decretou sua prisão preventiva após pedido do Ministério Público. No entanto, ele não foi preso e continua sendo procurado.

Ao menos oito mulheres denunciaram o pai de santo à polícia no início do ano passado. Vítimas ouvidas pela TV Globo disseram que o pai de santo afirmava que elas precisavam de “limpeza espiritual” e, para isso, era preciso que elas tivessem relações sexuais com ele.

“Ele tentou tocar nas minhas genitais, eu não permiti. Tentou fazer com que eu tocasse na genital dele, eu também não quis. Foi quando ele começou a se masturb*r na minha frente. Ele falava que era necessário para quebrar o trabalho [que tinham feito contra mim]”, declarou uma vítima.

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“Ele enfiou a mão nos meus seios e começou a apertar, apertar. Fiquei em choque, não sabia o que fazer. Segurei a mão dele e tirei bruscamente. Ele me puxou pelo braço e falou ‘se você contar para alguém que eu fiz isso, eu vou falar para todo mundo que você veio aqui para fazer amarração para o meu ex. Ninguém vai acreditar em você. Você nunca mais vai poder pisar nessa casa’”, disse outra mulher à reportagem.

São Paulo
Pai de santo é condenado por abusar sexualmente de 5 mulheres em SP
Laércio José de Oliveira foi condenado a mais de 3 anos de prisão por importunação sexual; o pai de santo segue foragido da polícia
Leonardo Amaro
23/01/2024 15:40, atualizado 23/01/2024 15:40

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Reprodução TV Globo
foto colorida mostra imagem de pai de santo vestido de branco, com um longo colar no pescoço; ele é calvo e tem barba e bigode; outras pessoas de branco no entorno - Metrópoles
São Paulo — A Justiça de São Paulo condenou o pai de santo Laércio José de Oliveira a 3 anos, 1 mês e 10 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de importunação sexual contra cinco mulheres, praticados em um terreiro na zona leste de São Paulo.

Laércio foi acusado de abusar sexualmente de mulheres durante consultas espirituais em 2023. No dia 13 de setembro, a Justiça decretou sua prisão preventiva após pedido do Ministério Público. No entanto, ele não foi preso e continua sendo procurado.

Ao menos oito mulheres denunciaram o pai de santo à polícia no início do ano passado. Vítimas ouvidas pela TV Globo disseram que o pai de santo afirmava que elas precisavam de “limpeza espiritual” e, para isso, era preciso que elas tivessem relações sexuais com ele.

“Ele tentou tocar nas minhas genitais, eu não permiti. Tentou fazer com que eu tocasse na genital dele, eu também não quis. Foi quando ele começou a se masturbar na minha frente. Ele falava que era necessário para quebrar o trabalho [que tinham feito contra mim]”, declarou uma vítima.

“Ele enfiou a mão nos meus seios e começou a apertar, apertar. Fiquei em choque, não sabia o que fazer. Segurei a mão dele e tirei bruscamente. Ele me puxou pelo braço e falou ‘se você contar para alguém que eu fiz isso, eu vou falar para todo mundo que você veio aqui para fazer amarração para o meu ex. Ninguém vai acreditar em você. Você nunca mais vai poder pisar nessa casa’”, disse outra mulher à reportagem.

Os abusos teriam acontecido entre 2020 e 2022 em dois terreiros na zona leste da capital. As denúncias foram feitas depois que as vítimas souberam dos casos umas das outras. Elas se uniram e foram à polícia.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou ao Metrópoles que Laércio foi investigado por meio de dois inquéritos policiais, que tramitaram pela 5ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).

A investigação, de acordo com a SSP, apurou a prática de crimes sexuais contra oito vítimas. Os casos foram concluídos e relatados ao Poder Judiciário, com o pedido de prisão preventiva do homem, que foi acatado. “Diligências estão em andamento para localizar e prender o criminoso”, informou o órgão em nota.

À emissora, a defesa do pai de santo afirmou que “busca a Justiça no sentido em que entende que todas as provas coligidas, inclusive aquelas produzidas na audiência de ontem, são extremamente frágeis para embasar um edito condenatório, em especial, por um crime tão grave”.