O Santos Futebol Clube, às vésperas de sua estreia na temporada 2024, encontra-se envolvido em uma disputa jurídica internacional após a contratação do técnico Fábio Carille. O V-Varen Nagasaki, clube japonês onde Carille estava anteriormente, anunciou que acionará o time brasileiro na Fifa, alegando não reconhecer a transferência do treinador.
O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, afirmou que estão acompanhando a situação apenas juridicamente e que não temem as possíveis consequências da ação movida pelo clube japonês. Em entrevista coletiva, Teixeira evitou detalhar o impasse, destacando que o Santos busca resolver a questão de forma legal.
Essa não é a primeira vez que o Nagasaki ameaça o Santos relacionado à contratação de Carille. Antes mesmo da temporada 2024 começar, foi exigido o pagamento da multa rescisória, estipulada em US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 7,4 milhões). Até o momento, não houve resolução sobre o valor a ser pago.
O Santos registrou o contrato de Carille na última sexta-feira, mesmo sem o pagamento da multa, alegando que o treinador estaria liberado para assinar com qualquer clube desde o dia 1º de janeiro. No entanto, o clube japonês contesta essa liberação e, no dia 13 de janeiro, emitiu uma nota considerando a situação com o Santos "inaceitável".
Diante da falta de resposta e acordo amigável, o Nagasaki iniciou um processo na Fifa para garantir o pagamento integral da multa rescisória. Mesmo com a ação em curso, Fábio Carille estará à beira do campo na estreia do Santos contra o Botafogo-SP, uma vez que sua situação está regulamentada no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF.