*A matéria foi atualizada para corrigir um erro de carregamento do texto, o texto não foi alterado
Na última sessão da Câmara Municipal de Buritis, o vereador Renato Leitão (Progressistas) fez duras críticas ao projeto voluntário “Doar Sangue é Doar Vidas” e ao seu idealizador, Ronivaldo Vitor. Da tribuna, o parlamentar afirmou que “tem gente querendo se promover usando campanha de sangue”, insinuando que o organizador se aproveita da estrutura pública para se autopromover. Segundo ele, o nome de Ronivaldo estaria sendo utilizado de forma indevida em outdoors e divulgações, além de alegar que o projeto é bancado inteiramente pela Secretaria de Saúde.
“Tem um problema em Buritis, o sangue tem dono. Tem um cara que usa a estrutura da secretaria pra fazer as campanhas de sangue e divulgar o nome dele, como se ele fosse ‘o cara do sangue’.” — declarou o vereador durante a sessão.
O vereador também afirmou que, conforme informado pelo secretário de Saúde, Ronivaldo Vitor “não banca nada” e que os custos seriam assumidos pela Prefeitura, incluindo camisas e lanches.
Após a fala do vereador, Ronivaldo Vitor utilizou as redes sociais para esclarecer os fatos e repudiar veementemente as acusações. Em vídeo publicado hoje 10/05, ele apresentou os valores detalhados de cada edição do projeto, destacando a origem dos recursos — oriundos de doações de empresas e parceiros voluntários. Conforme documentos e artes publicadas, os gastos são minuciosamente registrados, incluindo camisetas, banners, sorteios, publicidade e apoio logístico.
300 camisetas: R$ 8.100,00
2 banners: R$ 620,00
2 mil bottons: R$ 800,00
2 celulares para sorteio: R$ 1.500,00
Carro de som: R$ 500,00
Cupons de sorteio: R$ 100,00
Divulgação em redes sociais: R$ 200,00
Total: R$ 12.120,00
200 camisetas: R$ 6.900,00
Papel de divulgação: R$ 1.500,00
Vídeo do evento: R$ 1.000,00
Iphone: R$ 2.500,00
Painel decorativo: R$ 260,00
Clip (Ou outro item): R$ 170,00
Banner divulgação: R$ 350,00
Total: R$ 12.530,00
Além disso, Ronivaldo mostrou ações inovadoras como sorteios entre os doadores, criação de um cartão de doador para estimular o retorno e a regularidade nas doações, e apoio a outros projetos, como o “Pedalando pela Vida”.
Em sua nota oficial, Ronivaldo relembra que o projeto nasceu em 2019 com apoio da gestão municipal da época, e foi responsável por realizar a primeira coleta externa de sangue da história de Buritis em 2020, com parceria com o Hemocentro de Ariquemes.
“Esse tipo de acusação covarde desrespeita não só quem trabalha voluntariamente no projeto, mas também todos os doadores e vidas que já foram salvas com essa ação.” — escreveu Ronivaldo.
Ele ainda afirmou que o ex-prefeito Roni Irmãozinho sempre apoiou o projeto e lamentou a postura de Renato Leitão, a quem chamou de "despreparado, desequilibrado e sem caráter".
Ronivaldo teve expressiva votação nas últimas eleições municipais, obtendo 389 votos — mais do que os vereadores eleitos Otoniel Bernardes (333) e José Lopes (381) —, mas ficou de fora devido ao quociente partidário. O apoio popular é reflexo da atuação constante em prol da saúde e do incentivo à doação de sangue.
"ESCLARECIMENTO E VERDADE
Na última sessão da Câmara de Vereadores de Buritis-RO, no dia 07/05/2025, um vereador despreparado, desequilibrado e sem caráter usou palavras ofensivas como “pilantra” para tentar atacar quem está à frente do projeto Doar Sangue é Doar Vidas, insinuando que a iniciativa é usada para autopromoção.
Esse tipo de acusação covarde desrespeita não só quem trabalha voluntariamente no projeto, mas também todos os doadores e vidas que já foram salvas com essa ação.
O projeto começou em 2019, quando foi buscado apoio junto à Prefeitura de Buritis. A secretária de saúde Altina e o prefeito Rony autorizaram o uso do ônibus para que caravanas pudessem levar doadores a Ariquemes todo mês.
Em 09/03/2020, foi realizada reunião com o Dr. Luiz Garcia, diretor do Hemocentro, que resultou na primeira coleta externa de sangue da história de Buritis, marcando o primeiro aniversário do projeto.
Também foi feito contato com empresas e comércios, conseguindo inicialmente 100 camisetas, que foram distribuídas entre quem pedalava e quem doava sangue. Com o tempo, esse número cresceu para 300 camisetas, além de diversos brindes.
Tudo isso feito de forma voluntária, com muito esforço e dedicação, sempre com foco em salvar vidas — não em ganhar holofotes. É vergonhoso ver um vereador agir com tanto desprezo por uma causa tão séria.
O sangue não tem dono. A vida é de todos. E quem se dedica a ela merece respeito — não ataques." Finaliza a nota.
O episódio gerou grande repercussão nas redes sociais, com centenas de mensagens de apoio ao projeto e ao seu organizador.