O Guinness World Records, renomado livro dos recordes, decidiu suspender temporariamente o título do cão mais velho do mundo, que havia sido atribuído a Bobi, um cachorro português. A decisão ocorreu após questionamentos de veterinários sobre a veracidade da idade do animal, que supostamente faleceu aos 31 anos e cinco meses em outubro de 2023.
Anteriormente, o título pertencia a Bluey, um pastor australiano que viveu até os impressionantes 29 anos e cinco meses, falecendo em 1939. Especialistas levantaram dúvidas assim que o anúncio do novo recorde foi feito, destacando a falta de comprovações seguras.
O veterinário Danny Chambers ressaltou que a ausência de provas concretas levanta questões, afirmando que "alegações extraordinárias exigem provas extraordinárias". Uma das análises em curso envolve uma foto que supostamente retrata Bobi em 1999, evidenciando diferenças nas patas em relação ao cão que faleceu em outubro.
Além disso, a base de dados nacional para animais de estimação, na qual consta a idade de Bobi, levanta questionamentos, pois depende da certificação dos tutores, sem garantia de precisão. Testes genéticos confirmaram a velhice do animal, mas não determinaram a idade exata.
Bobi, residente da aldeia rural de Conqueiros, na cidade de Leiria, em Portugal, era um legítimo representante da raça Rafeiro do Alentejo, com uma média de vida estimada entre 12 a 14 anos. A suspensão temporária dos títulos pela Guinness World Records reflete a necessidade de esclarecimentos diante das incertezas levantadas pela comunidade veterinária e especialistas em registros de recordes.