O resultado negativo desencadeou uma série de reações exaltadas por parte da torcida, que expressou sua frustração de maneira caótica. Enquanto alguns santistas manifestaram sua indignação de forma mais controlada, chorando e protestando verbalmente, outros protagonizaram episódios de violência e vandalismo.
Logo após o apito final da partida, objetos foram arremessados em direção ao gramado, afetando a saída dos atletas de ambas as equipes. Bombas foram jogadas no campo, resultando em uma demora de cerca de meia hora para que os jogadores do Santos pudessem chegar aos vestiários.
Fora dos limites da Vila Belmiro, as ruas de Santos tornaram-se palco de um quebra-quebra generalizado, com relatos de pelo menos quatro veículos sendo incendiados. A intervenção da Polícia Militar de São Paulo foi necessária, utilizando gás de pimenta para dispersar a confusão. Inicialmente, alguns torcedores buscaram retornar à Vila Belmiro em busca de mais segurança.
O caos registrado após o rebaixamento do Santos na Vila Belmiro terá implicações sérias para o clube. Regulamentos da FIFA, da CBF, a Lei Geral do Esporte e o Código Brasileiro de Justiça Desportiva estabelecem claramente a responsabilidade dos clubes pela conduta de seus torcedores.
Dessa forma, é altamente provável que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva aplique medidas disciplinares severas, punindo o Santos com a realização de vários jogos de portões fechados no início da Série B de 2024.
Apesar de a parte da manhã ter transcorrido de maneira tranquila na Vila Belmiro durante as eleições para presidente do Santos, o período da tarde foi marcado por uma confusão generalizada entre os torcedores do Peixe, que tentaram invadir o local.
A invasão do ginásio teve como estopim uma discussão entre o presidente de uma das torcidas organizadas do clube e Celso Jatene, presidente do Conselho Deliberativo, de acordo com informações iniciais apuradas pela reportagem do Lance!.
Os membros de algumas torcidas uniformizadas tentaram invadir o local da votação, resultando na intervenção da tropa de choque e na paralisação das eleições por cerca de 30 minutos.
Diante desse cenário, o Santos enfrenta agora a possibilidade de sérias punições. A proposta de punição inclui a realização de partidas sem a presença da torcida ao longo de 2024, com a possibilidade de retorno somente em 2025. Além disso, há a determinação de que o clube perca a carga de ingressos como visitante.
O Santos foi denunciado no Artigo 213, incisos I e II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, prevendo a possibilidade de perda de mandos de campo, além de multas que variam de R$ 100 a R$ 100 mil para cada inciso infringido.
Caso haja a perda de mando de campo, o Artigo 73 do Regulamento Geral de Competições da CBF em 2023 estabelece que o time deverá jogar em um estádio localizado a, no mínimo, 100 quilômetros de distância da cidade-sede do clube. O Santos agora aguarda a decisão do tribunal, que poderá determinar o futuro do clube diante das graves ocorrências ocorridas após o rebaixamento.