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Michelle Melo denuncia colapso nos serviços públicos e acusa governo de viver em “realidade paralela nas redes sociais”
Durante a sessão ordinária desta terça-feira (10), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a deputada Michelle Melo (PDT) fez um discurso contra...
10/06/2025 12h31
Por: Redação Fonte: Aleac

Durante a sessão ordinária desta terça-feira (10), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a deputada Michelle Melo (PDT) fez um discurso contra o governo do Estado, apontando falhas graves em áreas essenciais como educação, saúde, agropecuária e assistência aos servidores. A parlamentar afirmou que a realidade vivida pela população é completamente diferente da propaganda oficial divulgada nas redes sociais do Executivo.

“O Acre não está legal. Não está bem no agro, não está bem na saúde, não está bem na educação, não está bem para os servidores públicos, não está bem para ninguém, a não ser nas redes sociais do governo, onde tudo parece uma maravilha”, criticou. Ela reforçou denúncias anteriores sobre a merenda escolar, afirmando que o chamado “prato extra” não chega aos alunos, existindo apenas na propaganda institucional.

Michelle também alertou para a situação crítica da saúde pública, especialmente no atendimento a pacientes com câncer terminal, que, segundo ela, estão morrendo sem acesso a medicamentos para alívio da dor. “Nem a dignidade de morrer com conforto eles estão tendo. Nossos pacientes estão morrendo com dor”, lamentou.

No setor agropecuário, a deputada lembrou que a Assembleia já aprovou legislações importantes para apoiar o setor, mas que o governo não executa as políticas públicas necessárias. “Eles simplesmente não se atentam a fazer o trabalho que devem”, disse.

A parlamentar concluiu enfatizando que a responsabilidade de execução é do Executivo, e que cabe ao governo garantir estrutura nas escolas, medicamentos, alimentação adequada para pacientes em Tratamento Fora de Domicílio (TFD) e merenda escolar. “Se tem o dinheiro do café da manhã, não é garantido o do almoço; se tem o do almoço, não tem o do jantar. É assim que o governo está executando suas políticas”, afirmou.

Texto: Andressa Oliveira

Foto: Sérgio Vale