Na madrugada desta sexta-feira (2), um voo da companhia aérea Azul, que partiu de Confins (MG) com destino a Porto Velho, enfrentou desafios imprevistos devido às condições climáticas adversas. O avião, após três tentativas mal sucedidas de pouso na capital rondoniense, foi desviado para Rio Branco (AC).
Contudo, a situação tomou um rumo inusitado quando os passageiros foram orientados a concluir a viagem por via terrestre. Uma vez que a Azul não opera no Acre, a alternativa apresentada pela companhia foi que os viajantes embarcassem em vans e um micro-ônibus para chegar ao seu destino final, Porto Velho.
O voo, originalmente programado para pousar em Porto Velho por volta de 1h (horário de Rondônia), aterrissou em solo acreano às 1h40. Os passageiros, após mais de uma hora dentro da aeronave, foram surpreendidos com a notícia de que deveriam continuar a viagem por terra.
“É muita falta de amparo. Você paga caro pela passagem, acontece isso e eles querem te enfiar em um ônibus por dez horas. Tem mais de 24 horas que eu tô tentando chegar em casa”, relatou uma passageira, evidenciando a frustração e a falta de suporte aos viajantes.
O cenário de desamparo se intensificou, conforme os passageiros destacaram a ausência de alimentação, acomodação e orientações claras. Com a empresa não operando em Rondônia, não havia funcionários disponíveis para auxiliar no desembarque ou esclarecer dúvidas.
O trajeto de Rio Branco para Porto Velho por via terrestre, com aproximadamente 510 km, estima-se levar cerca de oito horas, adicionando mais um desafio aos passageiros que já enfrentaram inúmeras adversidades.
A situação climática também impactou outro voo, da Gol Linhas Aéreas, que partiu de Brasília para Porto Velho. A aeronave, desviada para Rio Branco, atrasou em cerca de cinco horas a chegada prevista à capital rondoniense.
Em resposta, a Azul afirmou que os clientes receberão toda assistência necessária e serão reacomodados em voos extras da empresa, enquanto a Gol forneceu alimentação e justificou que as decisões tomadas visam prioritariamente a segurança dos passageiros.
Essa experiência frustrante levanta questões sobre a necessidade de maior suporte e comunicação por parte das companhias aéreas em situações adversas, ressaltando a importância de garantir o bem-estar dos passageiros frente a imprevistos meteorológicos.