Em um estudo recente publicado na revista Cell Stem Cell, pesquisadores das renomadas instituições, Universidade de Columbia, Weill Cornell Medicine e Memorial Sloan Kettering Cancer Center, elucidaram uma descoberta notável sobre os efeitos do coronavírus no sistema nervoso, com ênfase na manipulação das células cerebrais produtoras de dopamina.
A dopamina, conhecida por sua regulação em processos neurais críticos como humor, emoções, atenção, aprendizado e controle motor, emerge como peça central no equilíbrio neuroquímico. Este estudo inovador sobre os efeitos neurológicos da Covid-19 revela uma interferência significativa do vírus nas células dopaminérgicas, oferecendo insights cruciais para a compreensão dos impactos neurobiológicos.
O autor sênior do estudo, Shuibing Chen, da Weill Cornell Medicine, enfatizou a ativação surpreendente da via da senescência, um processo inerente ao envelhecimento celular, especificamente nos neurônios dopaminérgicos. Os resultados apontam para a complexidade da interação vírus-cérebro, ressaltando a necessidade urgente de compreender os efeitos a longo prazo e desenvolver estratégias terapêuticas eficazes.
Apesar da menor taxa de infecção dessas células em comparação com as células pulmonares, o estudo ressalta a possibilidade de que mesmo uma pequena população de neurônios dopaminérgicos infectados possa desencadear efeitos significativos.