Uma intensa onda de calor assola o Brasil, afetando predominantemente as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, revela o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O país, já acostumado com altas temperaturas, vê a possibilidade desses eventos tornarem-se o novo normal. O fenômeno é impulsionado por uma massa de ar quente que se estabelece no interior, abrangendo vastas áreas dessas regiões, e pelo El Niño, que este ano apresenta características superiores à média sazonal.
O aquecimento global, uma realidade inegável, amplifica esses desafios climáticos. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) prevê que 2023 será o ano mais quente já registrado, superando em 1,4°C os níveis pré-industriais. Emissões recordes de gases de efeito estufa contribuem para esse panorama, alertando para a urgência de medidas concretas.
Ambientalistas apontam os combustíveis fósseis como culpados primários, destacando os danos irreversíveis causados pela exploração de petróleo e a queima de carvão mineral. A COP28, realizada em Dubai, evidenciou o embate entre ambientalistas e a indústria do petróleo, destacando a necessidade de uma transição para conter o aquecimento global.
Enquanto as discussões sobre a redução dos combustíveis fósseis prosseguem, as projeções para 2024 no Brasil indicam persistência das altas temperaturas. O desafio de equilibrar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental torna-se mais premente do que nunca, exigindo ações decisivas para um futuro sustentável.